PNAD

5,2 milhões de pessoas acima dos 60 anos não sabem ler e escrever

Pesquisa do IBGE mostra que analfabetismo também é uma questão etária: quanto mais velho é o grupo populacional, maior é a proporção daqueles que mal assinam o próprio nome

Correio Braziliense
postado em 08/06/2023 03:55
 (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

O analfabetismo está diretamente associado a idade. Ou seja: quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de pessoas que não sabem ler e escrever. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) — Educação 2022, eram 5,2 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de 16,0% para esse grupo etário.

Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se queda no analfabetismo: para 9,8% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 6,8% entre aquelas com 25 anos ou mais, e 5,6% entre a população de 15 anos ou mais. Esses resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda crianças.

Pela primeira vez, mais da metade da população de 25 anos ou mais (53,2%) havia concluído a educação básica obrigatória. Isso quer dizer que tinha o ensino médio completo. A PNAD destaca, também, o aumento do percentual de pessoas com o ensino superior completo — que subiu de 17,5%, em 2019, para 19,2%, em 2022.

A taxa de escolarização de pessoas de seis a 14 anos de idade em 2022 alcançou 99,4% — em torno de 26,2 milhões de estudantes —, um patamar elevado que vem se mantendo alto desde 2016 e muito próximo da meta de universalização do ensino do Programa Nacional de Educação (PNE). A taxa de escolarização entre os jovens de 14 a 17 anos aumentou 2,2 pontos percentuais de 2019 a 2022, alcançando 92,2%.

As pessoas de 18 a 24 anos são aquelas que, idealmente, estariam frequentando o ensino superior se tivessem completado a educação básica na idade adequada, segundo a PNAD. Mas o estudo mostra que, nesta faixa etária, 30,4% estavam sendo escolarizadas em 2022. Desse total, somente 20,8% frequentavam cursos de educação superior — os demais 10,3% estavam atrasados, cursando ainda a educação básica.

 

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