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SEGURANÇA

Escolas municipais de Goiânia passam a usar detectores de metais

Medida passa a valer a partir desta terça-feira (2) nas 374 unidades de ensino da capital. Foram ionvestidos R$ 376 mil em 900 aparelhos e outras medidas preventivas

Priorizando a segurança da comunidade escolar, escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) de Goiânia passaram a utilizar, a partir desta terça-feira (2), detectores de metais para revistar os alunos durante a entrada nas instituições de ensino. Ao todo, de acordo com o titular da Secretaria Municipal de Ensino (SMS), Wellington Bessa, foram investidos R$ 376 mil na compra de 900 equipamentos portáteis e outros artigos de proteção. A verba foi disponibilizada pela prefeitura do município e os equipamentos distribuídos nas 374 instituições da rede municipal de ensino.

Bessa destaca que, além de tornar o ambiente educacional mais seguro, a medida é vista como uma "válvula de escape" para que os estudantes voltem a usar a mochila nas unidades de ensino. Logo após a suspensão temporária de várias medidas adotadas e meados de abril por orientações de órgãos de segurança pública e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), entre elas o uso de mochilas, a instalação dos detectores de metais foi efetivada.

Ainda segundo o secretário, as constantes ameaças que a educação pública brasileira vem sofrendo soaram como alerta para a adoção de políticas públicas de segurança. Porém, ele lembra que, desde 2021, o governo planejava algumas mudanças dentro das instituições de ensino, como elevação dos muros das unidades educacionais, além de instalação de cercas elétricas e câmeras de monitoramento. "Foram medidas que não saíram, com eficiência, do papel, mas, agora, dadas as circunstâncias, tivemos que intervir, e rápido", disse Bessa. "Vivemos momentos difíceis com relação à segurança, por isso, destinamos recursos específicos para as unidades adquirirem esses equipamentos”, completou.

Escola modelo

A Escola Municipal Bom Jesus foi uma das contempladas com a intervenção radical. Além de implementar detectores de metal na entrada da instituição, a unidade recebeu 16 câmeras de monitoramento de alta resolução, instalouconcertinas (tipo de arame farpado em espiral, feito com lâminas cortantes e tem como função proteger o imóvel de invasões) e portas de acionamento automático. As intervenções foram executadas com verba disponibilizada pela Secretaria Municipal de Educação.

A diretora da instituição, Kátia Oliveira de Barros, disse que as novas medidas foram aceitas e até elogiadas pela comunidade escolar, em especial, pelos pais dos alunos. “A primeira coisa que os pais aplaudiram foi a entrada restrita na escola. Além disso, a instalação da concertina e das câmaras foram recebidas com êxito. Agora todos se sentem mais seguros”, ressalta.

Reverter o quadro

Segundo o secretário Wellington Bessa, para que a segurança nas escolas seja totalmente garantida, "é necessário que haja uma conscientização de mão dupla, entre a família e toda comunidade escolar". "A partir de agora, do portão para dentro das instituições de ensino os docentes irão priorizar debates que incentivem a comunicação não violenta no modo de vida dos alunos", disse.

“Tomamos essas medidas de segurança, mas também pretendemos somá-las a outras intervenções pedagógicas, como incentivar a comunicação não violenta e o diálogo por parte dos pais, que devem continuar com esse trabalho em casa, observando e acompanhando a rotina dos filhos”, afirma o secretário.

*Estagiária sob a supervisão de Jáder Rezende