Educação

Novo Ensino Médio deve ser padronizado nacionalmente, diz Camilo Santana

Ministro da Educação afirmou ao Senado, nesta terça (2/5), que o novo Enem de 2024 poderá prejudicar estudantes se não houverem ajustes que levem em consideração as diferenças entre estados e municípios

Ândrea Malcher
postado em 02/05/2023 20:58
 (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu a suspensão do cronograma de implementação do Novo Ensino Médio durante audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, nesta terça-feira (2/5). Ele afirmou que a política educacional deve ser nacional, pois “há desigualdades entre estados, municípios e escolas” o que pode questionar a viabilidade do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir do próximo ano, frente às diferenças na implementação.

"Há desigualdades entre estados, de capacidade de investimento, de ofertar qualidade de educação. Então, estamos querendo construir uma ação que é para o país. Quais são os gargalos, as diferenças? O que precisamos corrigir?”, questionou o ministro. “Não podemos prejudicar os jovens que estão no ensino médio”.

Segundo Santana, a partir da implementação das mudanças no ensino médio, foi possível identificar diversos problemas, como, por exemplo, os itinerários e carga horária para matérias base. Para identificar estas questões, ele explicou que, desde março, está em vigor uma consulta pública sobre o tema e, em consulta aos estados, o desejo é de aperfeiçoamento e não de revogação.

“Nenhuma mudança na continuidade de implantação do Novo Ensino Médio pode ocorrer sem escuta. O papel do MEC é ser o grande coordenador, traçar diretrizes”, disse ele.

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