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Distritais apoiam greve dos professores e prometem buscar solução

Presidência da Casa assegurou que o Poder Legislativo vai se envolver nas negociações para resolver a questão

O anúncio da greve geral dos professores nas descolas públicas do DF levou vários deputados distritais a usarem a tribuna da Câmara Legislativa para criticar o tratamento dispensado pelo GDF à categoria e também anunciar a busca por uma solução negociada com o Executivo. A paralisação, por tempo indeterminado, foi referendada na manhã desta quarta-feira (26), em assembleia do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF). A paralisação está prevista para o início de maio.

De acordo com o Sinpro-DF, a greve é motivada pelo arrocho salarial que persiste dede o início da primeira gestão Ibaneis. O sindicato afirma que há oito anos o magistério público "enfrenta qualidade de vida e condições de trabalho cada vez piores". E assegura que a paralisação, prevista para ter início na quinta-feira 4, quando haverá nova assembleia, cumprirá os trâmites legais. A direção do sindicato apela para que toda a comunidade, sobretudo estudantes e suas famílias, se mobilize para a construção da greve.

"Desatenção com a categoria"

Destacando a desatenção do governo com a educação, o deputado Gabriel Magno (PT), lembrou que entre as 29 classes de nível superior do GDF, a carreira do magistério ocupa a penúltima posição em termos de salário. "É com este descaso que o governo trata uma categoria tão importante, que educa e forma os cidadãos desta cidade. A campanha salarial começou no ano passado", pontuou. "O sindicato tem buscado diálogo com o governo desde então, mas hoje chegou-se ao limite, pois não há nenhuma proposta. Por que a Capital Federal não cumpre o piso nacional do magistério?”, questionou. O distrital, que já foi diretor do Sinpro-DF, disse ainda que “a solução agora está nas mãos do governador”.

Para o deputado Fábio Félix (PSOL), desde o último mandato os professores vêm sendo maltratados pelo governo. “Os professores não aguentam mais a situação de penúria que estão vivendo. É uma das piores carreiras do ponto de vista salarial. Ninguém quer greve, mas é uma medida urgente e necessária porque o governo não abre diálogo. São quase cinco anos de abandono. Esta Casa tem que pressionar o governo para que a categoria seja recebida para um diálogo, nem que tenhamos que paralisar votações”, afirmou.

Wellington Luiz (MDB), presidente da Câmara Legislativa, disse que o Poder Legislativo vai se envolver nas negociações para resolver a questão. “Temos que trabalhar para evitar que essa greve aconteça. Vamos buscar uma solução”, prometeu. A deputada Paula Belmonte (Cidadania) pediu ao governo que escute os professores. “As escolas em greve representam um prejuízo para a sociedade. Faço um apelo para que o governo olhe as demandas dos professores e que estruture as escolas com psicólogos e assistentes sociais”, defendeu.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) também se colocou à disposição para ajudar nas negociações e evitar a paralisação. “Vamos trabalhar para que não haja greve. O governo precisa atender a categoria dos professores”, disse.

Com informações da Agência CLDF e do Sinpro-DF