Eu, Estudante

VIOLÊNCIA ESCOLAR

Adolescente que atacou escola em Goiás foi apreendido pela polícia

Estudante feriu duas alunas na manhã desta terça-feira (11/4) e acaboucontido por uma professora. As duas receberam atendimento médico. Uma delas já está em casa

O aluno que promoveu um ataque no Colégio Estadual Doutor Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás, na manhã desta terça-feira (11/4), foi contido por uma professora e apreendido por policiais. No momento, ele se encontra na delegacia de Santa Tereza. 

O autor do crime, um adolescente de 13 anos, feriu duas alunas com uma faca. As duas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento médico e uma delas está em casa. A professora que conteve o aluno não foi ferida. 

De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o adolescente não tem histórico de violência junto à comunidade escolar. A Seduc-GO tem uma série de políticas de prevenção à violência nas escolas, que inclui um Protocolo de Segurança Escolar, adotado em 2019, e que é constantemente atualizado. 

O órgão realiza rodas de conversas com estudantes em todo o estado, desenvolve projetos e ações com foco em consolidar a cultura da paz no ambiente escolar, e faz o pagamento de horas extras a policiais militares que reforçam a segurança no entorno das unidades escolares. 

Confira a nota da Seduc-GO na íntegra: 

"Sobre o episódio do estudante que feriu colegas no Colégio Estadual Dr. Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás, na manhã desta terça-feira (11/04), o Governo de Goiás informa:

O estudante de 13 anos feriu duas alunas com uma faca e foi contido por uma professora, que não ficou ferida. As alunas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento médico e uma delas já está em casa. O aluno que promoveu o ataque não tem histórico de violência junto à comunidade escolar. O adolescente foi apreendido e está neste momento na delegacia de Santa Tereza.

Dentro das políticas de prevenção à violência nas escolas, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO) possui um Protocolo de Segurança Escolar adotado desde 2019 e constantemente atualizado. Também é realizado um trabalho pelo Núcleo de Atendimento em Saúde da Seduc, que realiza a escuta ativa e rodas de conversas com estudantes em todo o estado. Projetos e ações são desenvolvidos pelas superintendências pedagógicas com foco em consolidar a cultura da paz no ambiente escolar.

Em parceria com a Polícia Militar, a Seduc faz o pagamento de horas extras a policiais militares que reforçam a segurança no entorno das unidades escolares. Com recursos já liberados, a Seduc está implantando nas escolas estaduais sistema de videomonitoramento e também adquirindo detector de metais portáteis.

Todos os sinais que possam sugerir uma ação criminosa em ambiente escolar são encaminhados às autoridades policiais. Os gestores da rede pública estadual de ensino estão orientados sobre como agir em casos de denúncia e de ações como a que ocorreu na unidade escolar em Santa Tereza, seguindo o Protocolo de Segurança Escolar, o que inclui o acionamento imediato do Conselho Tutelar da região, as famílias/responsáveis, a Polícia Militar e a Polícia Civil.

As forças policiais de Goiás, especialmente o Batalhão Escolar e a Delegacia de Crimes Cibernéticos, reforçaram nas últimas semanas o trabalho de monitoramento para prevenir atentados nas escolas em Goiás. Nesta segunda-feira (10/04), a Polícia Civil de Goiás cumpriu, em Bela Vista, mandado de busca e apreensão na casa de um menor de 14 anos, que incitava e fazia apologia a crimes de massacres em escolas. Neste caso, em desfavor do menor foi instaurado Auto de Investigação pela prática dos atos infracionais análogos aos crimes dos arts. 286 e 287 do CPB.

Nesta terça-feira, 11, a Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio Quente, em virtude de ameaças feitas no ambiente virtual. Outro jovem com comportamento suspeito foi apreendido pela Polícia Civil em Rio Verde. Todos os casos estão tendo as investigações aprofundadas."

O que diz a Polícia Civil?

Segundo o delegado regional de Porangatu, Stanislao Mont'Serra Garcia, o adolescente portava uma balaclava, uma faca, uma machadinha e outros materiais. Durante o crime, ele lançou uma bombinha na sala de aula e depois começou a desferir golpes de faca, atingindo três colegas. As vítimas estão fora de risco. 

Ainda de acordo com o delegado, o aluno perseguiu uma professora, que conseguiu entrar em uma sala de aula e fechar a porta. Ele, então, foi contido por um auxiliar de limpeza do colégio. 

A versão da Polícia Civil alega que o adolescente foi encaminhado para a cidade de Porangatu e vai responder por ato infracional de três tentativas de homicídio. Na casa do aluno, foram encontrados materiais e anotações que mostram que o ato estava sendo planejado a algum tempo.