No próximo dia 28, na Biblioteca Pública de Ceilândia, será inaugurada a exposição de pinturas e fotografias "Leitura, arte e inclusão: cultura para um mundo melhor". Das 9h às 11h, o local se transformará em um espaço de projeção de vídeo, dança em cadeira de rodas, contação de histórias e palestra facilitada pela criadora do projeto, Carmen Ganzelevitch Gramacho. Além da Ceilândia, outras duas bibliotecas públicas do Distrito Federal recebem projeto de ocupação multimídia com exposições. A entrada é gratuita.

As atividades são voltadas a crianças, jovens e adultos. As pinturas e fotos ficam no local até 7 de abril e podem ser conferidas de segunda a sexta, das 8h às 22h, e sábado das 8h às 12h. Em 4 de abril, das 14h às 16h, também haverá projeção de vídeo, dança em cadeira de rodas, palestra e contação de história.

As ações fazem parte do projeto "Leitura, arte e inclusão: cultura para um mundo melhor", dedicado a incentivar a leitura, a fruição de diferentes linguagens artísticas, a inclusão de pessoas com deficiência e o combate ao bullying. O projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF).

Será também distribuída ao público a revista "Palavra Mágica", com reportagens que mostram como as bibliotecas podem contribuir para mudar a vida de crianças, jovens e adultos. Ilustrada com aquarelas e fotografias, a revista traz ainda trechos de poemas de grandes autores brasileiros e depoimentos comoventes de alunos de escolas públicas. Um deles é o da pequena Lúcia, de 11 anos. Ela conta que chegou a repetir o 2º ano duas vezes porque não sabia ler direito.

“Agora leio dois, três, até quatro livrinhos por semana. Se Deus quiser vou passar de ano, a professora disse que eu sou inteligente”, afirma. Já para Kayron, 11 anos, a leitura gerou um cidadão consciente. Ao ser questionado se ele acha que o Brasil tem jeito, responde: “Acho. Quando os brasileiros escolherem melhor os seus representantes.”

O material foi criado a partir dos resultados de um projeto anterior de Carmen Gramacho, chamado A vida com os livros. Ele conta a história de 12 das mais de 180 bibliotecas que a autora montou no DF e Entorno — trabalho realizado ao longo de dez anos e que contou com enorme participação dos brasilienses. Foram doados quase um milhão de livros nos pontos de coleta espalhados em postos de combustível.

O público poderá conferir fotografias da artista visual Clara Molina; aquarelas do ilustrador Francisco Régis; contação de histórias com a psicopedagoga e escritora premiada Lair Franca, que tem diversos livros infantis sobre respeito, valores e afeto. Suas contações de histórias focam especificamente a inclusão de pessoas com deficiência e o bullying; Marina Anchises, museóloga e dançarina com paralisia cerebral, apresenta duo de dança com o coreógrafo Rafael Tursi. A dupla é ganhadora de diversos prêmios de dança, teatro e arte inclusiva; Nas palestras, Carmen Gramacho vai falar sobre as crianças, jovens e adultos beneficiados pelo convívio com os livros, nas diversas comunidades com que esteve em estreito contato antes, durante e depois da montagem das bibliotecas.

O mesmo evento ocorrerá em breve na Biblioteca Pública de Sobradinho e na Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, que atende pessoas com deficiência visual.

SERVIÇO:

Leitura, arte e inclusão: cultura para um mundo melhor

• Local: Biblioteca Pública de Ceilândia (QNN 13 módulo B, Área Especial, Ceilândia Norte)

• Exposição: De 28 de março a 7 de abril (segunda a sexta, das 8h às 22h, e sábado das 8h às 12h)

• Vídeo, dança em cadeira de rodas, palestra e contação de histórias: 28 de março (das 9h às 11h) e 4 de abril (das 14h às 16h)

• Atividades voltadas para crianças, jovens e adultos

Entrada gratuita.