As escolas públicas do ensino básico de todo o Brasil iniciarão as aulas em 13 de fevereiro enfrentando um problema recorrente: a falta de conexão com a internet. Dados do Mapa da Conectividade na Educação revelam que mais de 30 mil unidades escolares municipais e estaduais não estão conectadas à rede mundial de computadores. O levantamento foi produzido pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR e investigou mais de 138 mil instituições espalhadas pelo país.
A pesquisa Tic Educação 2021 confirma esse quadro. O estudo mostra que 91% dos mais de 1,8 mil professores consultados de todo o país apontaram a falta de dispositivos e acesso à internet nos domicílios dos alunos como uma das principais dificuldades enfrentadas durante a pandemia. Os dados disponibilizados pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) apontam que 72% desses docentes afirmaram que a baixa velocidade da conexão à Internet dificulta muito as ações em salas de aula.
A pandemia deixou um déficit educacional muito grande na aprendizagem dos estudantes, segundo o especialista e sócio de uma empresa que desenvolve sistemas de conectividade para uso no setor educacional, Rodrigo Almeida, uma boa saída para suprir este atraso educacional seria investir em interação tecnológica.
O especialista em conectividade escolar e sócio da Base Mobile, Rodrigo Almeida, analisa que o caminho mais eficiente para promover o nivelamento dos alunos atrasados com os conteúdos didáticos é a implementação de recursos tecnológicos no processo de aprendizagem. "Equipamentos tecnológicos, tanto para os estudantes quanto para os professores, facilitaria o acesso a esses conteúdos disciplinares", diz ele. “A pandemia reestruturou o processo educacional, a internet se tornou um ponto chave para que os estudantes continuassem seus estudos. Agora, ela pode consolidar a aprendizagem deles”, completa.