A forte chuva que desabou no início da tarde desta quinta-feira (10/11) em Brasília provocou, mais uma vez, prejuízos materiais e deixou funcionários e alunos feridos no Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro (CEMI/Cruzeiro). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para socorrer as vítimas, atingidas por um portão de ferro, e as aulas do período da tarde foram suspensas, prejudicando 400 alunos.
Salas de aula, refeitório e o estacionamento foram inundados pelo grande volume de água e esgoto. Segundo o diretor daquela unidade, Getúlio Cruz, a situação persiste há pelo menos seis anos, quando assumiu o comando da unidade. “Já avisamos, por várias vezes, a Novacap e à Secretaria e Educação, mas nada foi feito para solucionar o problema, apenas obras paliativas dentro da escola. O que percebemos é o velho jogo de empurra”, disse.
Além de água e esgoto, a chuva carreou material de construção de uma obra vizinha e o portão principal ficou interditado. Na tentativa de abri-lo para dar vasão a água, a pesada estrutura de ferro desabou, atingindo em cheio alunos e funcionários, que ficaram também expostos à doenças contagiosas. Estudantes também tentaram evitar a inundação, utilizando vassouras e rodos.
Ainda segundo Guerra, as inundações são provocadas pela rede de esgoto que, em dias chuvosos, não suporta o grande volume de água e de dejetos do Cruzeiro e do setor Sudoeste. “A escola fica na parte baixa do Cruzeiro Velho e recebe toda essa carga”, disse. “Chegamos a fazer intervenções dentro da escola para amenizar o problema, mas de nada adiantou.”
Uma bomba de sucção foi usada no final da tarde para remover a água e fazer a limpeza. As aulas da tarde foram realizadas de forma remota e, caso a chuva não se repita nesta sexta-feira (11), o expediente voltará à normalidade.