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Parceria entre família e escola é fundamental para desenvolvimento do aluno

Relacionamento entre família e escola é fundamental para bons resultados, pois permite que alunos alcancem desenvolvimento integral

A escola exerce papel fundamental na formação de cidadãos. No entanto, ela não trabalha sozinha. A participação e a integração com a família também são importantes para o melhor aproveitamento do ensino. Algumas escolas, inclusive, têm usado ferramentas on-line para criar um canal de comunicação com pais e responsáveis. Essa parceria contribui para o sucesso do processo educacional e desenvolvimento das habilidades dos estudantes.

É comum associarmos que o papel da escola é proporcionar a formação acadêmica e intelectual dos alunos. Enquanto o da família é o desenvolvimento humano e a transmissão de valores e princípios. A verdade é que esse conjunto funciona como uma engrenagem. Família e escola precisam trabalhar juntas. Sem a escola, a família não consegue suprir as necessidades educacionais e, sem a família, a escola não consegue oferecer todo o suporte emocional e afetivo que as crianças precisam para se desenvolverem.

Para o diretor-geral do colégio Marista João Paulo II, Luiz Gustavo Mendes, a responsabilidade pela aprendizagem é compartilhada entre família, escola e estudantes. "Trata-se de um tripé que deve estar equilibrado. Todos os estudantes precisam de ações extraescolares para se desenvolverem bem. Essas ações são ofertadas pela família sob a orientação técnica da escola. Ações que se materializam na organização da rotina, na formação dos hábitos de estudo e, por vezes, pela busca de profissionais especializados. Por isso, é fundamental a sintonia constante entre escola e família", afirma Mendes.

A participação dos pais no cotidiano escolar reflete no desempenho satisfatório dos alunos. Daniela Dias, coordenadora dos anos finais no Marista, afirma que a parceria entre escola e família faz com que os estudantes se sintam mais confiantes, apoiados e reconhecidos.

"(Os alunos) ganham mais segurança e ficam mais motivados para aprenderem quando a família se envolve e acompanha as tarefas e atividades. A família e a escola são referências base para a formação humana e acadêmica das crianças e dos jovens. Quando não estão em sintonia, há prejuízos", declara a coordenadora.

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 17/10/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Marista da Asa Norte , Caderno especial Escolha a escola do seu filho. Fernanda Carvalho com a filha Maria Luísa Carvalho Mesquita.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 17/10/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Marista da Asa Norte , Caderno especial Escolha a escola do seu filho. Fernanda Carvalho com a filha Maria Luísa Carvalho Mesquita.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 17/10/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Marista da Asa Norte , Caderno especial Escolha a escola do seu filho. Fernanda Carvalho com a filha Maria Luísa Carvalho Mesquita.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 17/10/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Marista da Asa Norte , Caderno especial Escolha a escola do seu filho. Fernanda Carvalho com a filha Maria Luísa Carvalho Mesquita.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 17/10/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Marista da Asa Norte , Caderno especial Escolha a escola do seu filho. Fernanda Carvalho com a filha Maria Luísa Carvalho Mesquita.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - Fernanda Carvalho com a filha Maria Luíza: presença na vida escolar traz segurança emocional

Essa também é a opinião de Fernanda Carvalho, mãe de Maria Luíza, 14 anos, aluna do 8º ano do ensino fundamental do colégio. Fernanda se considera muito ativa na vida escolar da filha e acredita que o fato de a estudante saber que a mãe estará presente em todos os momentos faz com que ela se sinta apoiada e emocionalmente segura. "Toda vez em que nos sentimos abraçados e acolhidos, rendemos mais", diz a decoradora de festas infantis.

Fernanda sente que tem um diálogo aberto com a escola, e defende que não há escola perfeita, mas a escola ideal para cada criança. "Antes de pensar em diálogo com a escola, temos que ter um diálogo e uma conexão com os nossos filhos. Precisamos conhecer nossos filhos para descobrir qual a melhor escola para eles. Caso contrário, a gente escolhe uma que alguém disse que é boa, mas, por vezes, não tem os mesmos valores que os nossos", sustenta.

Para a filha Maria Luíza, Fernanda conta que escolheu o colégio com base em um de seus valores mais importantes: a felicidade. "Eu quero uma escola que seja mais do que conteúdo, que proporcione felicidade, que deixe minha filha à vontade para descobrir suas próprias habilidades, que vão além do português e da matemática."

Convite à participação

"Uma das propostas que temos é o convite para visitação à exposição de atividades realizadas pelos estudantes; e a contribuição com palestras em assuntos específicos de pais formados em determinadas áreas, como um pai nutricionista contribuindo na aula de ciências; a presença das famílias na formação dos estudantes sobre temas como valorização da vida, dentre outros", aponta Daniela Dias.

De acordo com Fernanda, mãe da Maria Luíza, a escola é uma extensão da casa e já não cabe mais em uma estrutura de concreto. Para ela, passeios ciclísticos, piqueniques e atividades de lazer promovidas pela instituição também ensinam valores e conceitos, porém, de forma mais leve e divertida.

Saiba Mais

Presença essencial

Em casa, a família pode adotar atitudes para ampliar a participação na vida escolar dos filhos. Veja quais:

  • Conversar diariamente sobre como foi o dia na escola;
  • Auxiliar na atividade de casa;
  • Participar e dar importância aos eventos promovidos pela escola;
  • Reforçar positivamente as atividades que a criança realiza;
  • Ensinar o autorrespeito e o respeito às diferenças.

Comunicação on-line

Estruturar a comunicação escolar é outro fator que colabora para a interação entre a instituição, funcionários, pais e alunos. Para isso, algumas escolas particulares têm investido em meios de comunicação virtuais como sites, agendas digitais, redes sociais e aplicativos próprios.

"Sem sombra de dúvidas os meios virtuais favorecem este contato. Percebemos, inclusive, um aumento significativo na presença de pais nas reuniões coletivas", diz Luis Gustavo Mendes, diretor-geral do Marista João Paulo II.

Coordenadora do colégio, Daniela Dias também fala sobre o aumento da participação das famílias por meio dos canais virtuais. "A utilização de ferramentas on-line facilitou a comunicação com as famílias. Muitas vezes realizamos atendimentos através da plataforma, com famílias que estão fora da cidade, em viagem, e que fazem o acompanhamento dos seus filhos."

Segundo a mãe Fernanda Carvalho, uma escola que possui apenas um telefone fixo e uma reunião semestral é uma escola que parou no tempo. "Hoje em dia, eu me sentiria insegura sem o aplicativo da escola. Nele eu tenho todas as informações sobre a minha filha. Se ela sair mais cedo, fora do horário em que eu vou buscá-la, eu recebo a notificação na hora. Também me passa uma sensação de organização, já que tenho todos os compromissos acessíveis, inclusive as notas e as faltas dela", afirma.

Para Daniela Dias, quando uma família busca uma escola, ela costuma observar o espaço físico, as salas de aula, o local destinado a práticas esportivas e o de diversão e lazer. No entanto, ela recomenda que os pais não se esqueçam de observar o que a escola representa na comunidade, seus valores, tradições, resultados e as ações e investimentos em tecnologias que aproximem escola e família.

"É fundamental que a família preze por escolas que tragam na sua essência não só a excelência acadêmica, mas a formação humana. Que projete valores como amor, espiritualidade, empatia, solidariedade, simplicidade, honestidade, audácia, dentre outros. Deve-se observar como a escola está preparando as suas crianças e jovens para o mundo", destaca a coordenadora.