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Ensino bilíngue ajuda a aprender segundo idioma de maneira natural

Escolas bilíngues podem ser uma boa alternativa para pais que desejam que os filhos se tornem fluentes em um segundo ou terceiro idioma de maneira mais natural

Naum Giló
postado em 29/10/2022 06:01 / atualizado em 10/01/2023 15:37
Marília e Armando escolheram para Martim, 3, escola bilíngue com foco na educação infantil -  (crédito: Khalil Santos/CB/D.A. Press)
Marília e Armando escolheram para Martim, 3, escola bilíngue com foco na educação infantil - (crédito: Khalil Santos/CB/D.A. Press)

A necessidade de aprender uma nova língua se torna cada vez mais urgente em um mundo globalizado e hiperconectado. Em meio à vasta quantidade de opções de línguas estrangeiras, o inglês se sobressai: é a mais falada do mundo, entre nativos e não nativos. Ter acesso ao idioma desde pequeno é uma forma de aprender de maneira mais leve, quando a criança ainda está em formação. Por isso, escolas bilíngues são alternativas atraentes para pais que desejam ver os filhos fluentes e mais preparados para os desafios do mundo.

A arquiteta Marília Teixeira de Campos, 38 anos, e o administrador Armando Júnior Dionato, 46, tomaram a decisão e matricularam o pequeno Martim, de apenas 3 anos, na One School, escola bilíngue criada pelo centro binacional (Estados Unidos-Brasil) Casa Thomas Jefferson, voltada para a educação infantil.

"Eu quero que ele tenha o aprendizado de uma segunda língua de maneira mais natural, com essa imersão no dia a dia, com mais facilidade e fluência", declara a mãe. A arquiteta acredita que Martim terá mais confiança para atuar em todos os lugares que ele quiser no mundo globalizado. "Às vezes, nós o vemos brincando em inglês, usando a língua para expressar palavras que esqueceu no português. A impressão que eu tenho é que ele não sabe que são duas línguas diferentes. Já está muito interiorizado. Ele não fala tudo em inglês, mas já compreende quase tudo. É impressioante", admira-se a mãe.

Já o pai explica que a decisão de matricular o filho em uma escola bilíngue é para que o pequeno enfrente menos obstáculos no futuro. "A escolha desse tipo de educação foi para que ele aprenda a falar naturalmente, sem precisar ficar traduzindo texto, e a gente já percebe que ele entende tudo o que as professoras falam." Em casa, Armando também tem percebido a evolução do menino. "Ele já fala muitas coisas em inglês, inclusive em brincadeiras e cantando, e às vezes ele mistura os dois idiomas. Começa falando em português, depois fala em inglês, bem naturalmente", diz.

Denise De Felice, diretora Administrativa e Pedagógica da One School, conta que as crianças pequenas aprendem a falar a segunda língua da mesma forma como aprendem a língua materna, interagindo com outras pessoas em contextos variados. "A experiência educativa bilíngue é rica quando permite que a criança brinque, experimente, crie, movimente-se, explore o mundo ao seu redor, pergunte, descubra, crie e teste hipóteses, busque sentido, imagine… Tudo isso usando as duas línguas", assinala Denise.

"A educação bilíngue é uma forma de proporcionar uma educação significativa e equitativa, bem como uma educação que cria tolerância em relação a outros grupos linguísticos e culturais. Ao fazê-lo, o ensino bilíngue fornece uma educação global, desenvolve múltiplos entendimentos sobre idiomas e culturas e promove a valorização da diversidade humana", completa a gestora.

  • Marília Teixeira de Campos e Armando Júnior Dionato matricularam o filho Martim, de 3 anos, na ONE School, escola bilíngue criada pelo centro binacional (Estados Unidos - Brasil) Casa Thomas Jefferson Khalil Santos/CB/D.A. Press
  • Marília e Armando escolheram para Martim, 3, escola bilíngue com foco na educação infantil Khalil Santos/CB/D.A. Press

Aprender de forma natural

O aprendizado de uma segunda ou terceira língua traz benefícios que vão além do meramente linguístico, conforme explica a diretora de aprendizagem da rede de escolas de inglês Red Balloon, Ruymara Almeida. "Esse aprendizado expande a nossa visão do mundo e nos torna mais receptivos a novas culturas, e isso pode nos ajudar a nos tornarmos mais empáticos e respeitosos em relação às diferenças", esclarece. Segundo ela, o estudante multilingue tem mais oportunidades de aprimorar funções cognitivas, que facilitam o progresso na vida acadêmica, como pensamento crítico, raciocínio lógico e habilidades de vida, como resolução de problemas, comunicação, sociabilidade, flexibilidade e melhora da memória, além de fortalecer a autoconfiança e a autoestima.

Aprender uma nova língua é um desafio que pode ser enfrentado em qualquer idade. No entanto, Ruymara fala que o período mais propício é do nascimento aos 11 anos, quando ocorrem as chamadas janelas de aprendizagem. "O que vai determinar se vamos aprender ou não é a nossa exposição. Se essa criança for exposta a mais uma língua, por qualquer motivo, seja na escola, seja dentro de casa, ela vai aprender essa segunda ou terceira língua do mesmo jeito que aprende a língua nativa, porque ela está no momento de aprender a linguagem", destaca.

 


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