IMPORTUNAÇÃO

FAB vai apurar abuso sexual em escola militarizada de Cabedelo

Força Aérea Brasileira repudiou o caso e afirmou que processo administrativo será instaurado para apurar a conduta do sub-oficial acusado do crime contra a aluna

Diogo Albuquerque*
postado em 01/09/2022 18:08
 (crédito: Google Maps)
(crédito: Google Maps)

A Força Aérea Brasileira (FAB) emitiu nota sobre o suposto abuso sexual que teria ocorrido em uma escola militarizada de Cabedelo, município de João Pessoa. O crime teria ocorrido dentro da escola militarizada, onde o suspeito, um sub-oficial da Aeronáutica de 55 anos, começou a trabalhar há um mês. Na ocasião, o militar teria feito elogios e tocado o corpo da menina de 11 anos na hora do recreio, quando ela estava sozinha na sala de aula.

Na nota, a FAB disse acompanhar a elucidação dos fatos sobre o caso, bem como colaborar com as autoridades policiais responsáveis pela investigação. “Será instaurado, ainda, um processo administrativo para apurar a ocorrência”, disse a nota. O Comando da Aeronáutica repudiou a conduta, e afirmou que ela “não representam os valores, a dedicação e o trabalho de seus militares em prol do cumprimento de sua missão institucional”.

O suspeito foi liberado nesta quarta-feira (31), em audiência de custódia, que concedeu um alvará de soltura para o militar. A direção da escola informou que ele não mais integra o quadro funcional da unidade. A delegada adjunta da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Zona Sul de João Pessoa Wladia Holanda ressaltou que a investigação segue em andamento, em segredo de justiça.

Segunda a delegada, o sub-oficial não tem antecedentes. “Estamos escutando outras crianças e esperamos concluir a investigação em até 10 dias”, garantiu.

Não é a primeira vez que uma denúncia de assédio sexual foi registrada na escola militarizada. Em julho do ano passado, a família de uma jovem procurou a Polícia Civil para denunciar outro caso. De acordo com o pai da vítima, o suspeito, na época professor de educação física, buscava e trazia a menina de um treino de futsal e, em uma das ocasiões, teria abusado sexualmente da garota.

A então delegada Ivanisia Olímpio acompanhou o inquérito e tipificou a investigação como um possível estupro de vulnerável. Após a denúncia, outros pais cujos filhos também tinham contato com o professor procuraram a polícia para narrar outros casos e prestar mais informações.

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