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Autoestima

Grafite resgata crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

Oficinas gratuitas serão oferecidas no Paranoá como forma de auxiliar no combate à evasão escolar, uso de drogas e criminalidade

Crianças e adolescentes do Paranoá e região receberão, a partir do dia 23, oficinas gratuitas de grafite por meio de um projeto Grafinoá, que beneficiará 50 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Os ensinamentos propostos pelo artista Carlos Onix visam contribuir para o estímulo à solidariedade e autoestima, respeito ao próximo, tolerância, senso de coletividade, cooperação, disciplina e noções de trabalho em equipe. Além disso, podem auxiliar no combate a doenças, evasão escolar, uso de drogas e criminalidade.

O Grafinoá, que é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, realizará as oficinas em duas turmas, com carga horária de 30 horas/aula por turma e emissão de certificado de participação. A ação acontecerá no Espaço Amores e Cores, que fica na quadra 27 do Paranoá.

Divulgação - O artista Carlos Onix, que está à frente do projeto Grafinoá

O artista Carlos Alberto de Carvalho, mais conhecido como Carlos Onix, é rapper, arte educador e iniciou sua trajetória no grafite em 2003, no projeto Picasso Não Pichava. Carlos Onix conta com um trabalho inovador, por atrair novos artistas para a prática do grafite e colaborar com a multiplicação da arte em locais de periferia.

“Com as oficinas, pretendemos, também, incentivar a formação do mercado cultural nas localidades, de modo a contribuir para a capacitação de pessoas interessadas no hip hop e na valorização e reconhecimento do segmento”, diz.

Já na produção, os artistas e produtores do Grafínoá, Tiago Santos TG e Jefferson Leão, ressaltam a importância do projeto. "É muito importante a continuidade das atividades culturais na região do Paranoá. Queremos multiplicar e dar espaço para novos artistas destas e de outras regiões, além de levar essa arte para pessoas em situação de vulnerabilidade que podem ver também a arte como profissão”, afirma Leão.

Participam ainda do projeto os artistas Mercury, como assistente de produção, e Wesley Sandu que será monitor e auxiliará durante as aulas.

Parte das vagas serão destinadas a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e que façam parte da demanda reprimida dos Conselhos Tutelares do Paranoá e Itapoã. As demais vagas serão destinadas a outros interessados, possibilitando, assim, a abrangência de um público com perfil eclético. “A ideia é promover ações de conscientização social por meio da arte do grafite como ferramenta. E também deixar esta arte acessível para todo o público”, diz Onix.

Ao final das oficinas, será emitido certificado de participação para os participantes que concluírem ao menos 75% das aulas do projeto.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo link: https://forms.gle/AASZRKskgVF7EcYy8