Educação ambiental

Projeto leva alunos de escolas públicas a parques ecológicos do DF

Parque Educador surgiu com o intuito de promover a educação ambiental para alunos do ensino fundamental da rede pública

Diogo Albuquerque*
postado em 14/06/2022 18:59
Estudantes da Escola Classe Incra 06 de Brazlândia em atividade no parque ecológico Saburo Onoyama, Taguatinga, nesta terça (14) -  (crédito: Diogo Albuquerque)
Estudantes da Escola Classe Incra 06 de Brazlândia em atividade no parque ecológico Saburo Onoyama, Taguatinga, nesta terça (14) - (crédito: Diogo Albuquerque)

Com o intuito de promover uma educação além da sala de aula e que desperte nos estudantes uma consciência crítica diante de questões socioambientais, o projeto Parque Educador, voltado à rede pública de Brasília, abre inscrições para o próximo semestre. Os estudantes participam várias de atividades, como trilhas guiadas, meditação e plantio de mudas. O projeto já alcançou 122 escolas e beneficiou 8.023 estudantes.

Pensado e idealizado em 2018, o projeto leva alunos de escolas públicas a unidades de conservação do DF, com atividades voltadas para educação integral, ambiental e patrimonial. De acordo com o coordenador do programa e educador do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Luiz Felipe Blanco de Alencar, 42 anos, a ação proporciona um complemento mais prático à formação do aluno, muito além do que é ensinado nas escolas. “A educação ambiental é bastante importante para que o aluno se torne um cidadão melhor”, afirma.

“É um laboratório a céu aberto”, diz Luciana Carvalho, 43 anos, professora e educadora ambiental. Segundo ela, o projeto faz com que os estudantes se apropriem do espaço e se sintam integrados à natureza. Além de trabalhar com a formação de valores e despertar os estudantes para uma mudança de atitude, o projeto aborda práticas integrativas de saúde, como a meditação guiada, que visa amenizar questões densas do cotidiano vivenciada pelos estudantes durante o período de isolamento imposto pela pandemia de covid-19.

  • Coordenador do programa e educador do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Luiz Felipe Blanco de Alencar Diogo Albuquerque
  • Luciana Carvalho, professora da secretaria de educação do DF, também é uma das professoras que estão no projeto desde sua idealização Diogo Albuquerque
  • Marianne Ferreira, professora e educadora ambiental, faz parte do projeto há 5 anos Diogo Albuquerque

A professora Marianne Ferreira, 46 anos, destaca que a educação ambiental é a base do ensino. Ela, que atua no projeto desde sua idealização, observa que ser imperativo cuidar dos parques para que todos tenham melhor qualidade de vida. Segundo Marianne, as aulas em campo ajudam a aumentar a concentração dos estudantes, além de deixá-los mais calmos.

Nicolas, de 9 anos, estudante da Escola Classe Incra 6, de Brazlândia, conta que se diverte muito com as aulas do projeto. “É muito bom esse contato com a natureza. A gente pode conhecer animais novos e se divertir com os colegas” disse. Sua colega Alice, da mesma idade, conta que todos podem aproveitar frutos das espécies que eles mesmos plantam e que ama a atividade de meditação. “As professoras são muito legais, fazem meditação e muitas brincadeiras”, diz.

  • Estudantes da Escola Classe Incra 06 de Brazlândia em atividade do projeto nesta terça (14) Diogo Albuquerque
  • Estudantes da Escola Classe Incra 06 de Brazlândia em atividade do projeto nesta terça (14) Diogo Albuquerque

Integram o projeto as unidades de conservação Estação Ecológica Águas Emendadas, Parque Ecológico Sucupira, Parque Ecológico Águas Claras, Parque Ecológico Três Meninas, Parque Ecológico Saburo Onoyama, Parque Ecológico do Riacho Fundo e Monumento Natural Dom Bosco.

As inscrições, voltadas para escolas públicas do ensino fundamental, serão abertas em 29 de julho, no retorno das aulas, com encerramento no dia 16 de agosto, e devem ser feitas no site do Ibram.

 

*Estagiário sob a supervisão de Jáder Rezende

 

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