Um projeto de absorventes sustentáveis de estudantes do Rio Grande do Sul ganhou o primeiro lugar da etapa brasileira do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo edição 2022, realizada pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes).
Chamado SustainPads, os absorventes são feitos a partir de subprodutos industriais e foram desenvolvidos pelas estudantes do ensino médio integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Osório Camily Pereira dos Santos e Laura Nedel Drebes, sob orientação da professora Flávia Santos Twardowski Pinto.
Agora, as jovens irão representar o Brasil na final internacional, em Estocolmo, na Suécia, entre 29 de agosto e 2 de setembro.
SustainPads
O SustainPads é feito com fibras da palmeira juçara e do pseudocaule da bananeira. Cada absorvente custa apenas R$ 0,02 em média. A palmeira juçara é nativa da Mata Atlântica e é conhecida pelo palmito de boa qualidade.
Pobreza menstrual
Um dos intuitos do projeto é o combate a chamada pobreza menstrual. Uma a cada quatro adolescentes não têm acesso a absorventes quando precisam, segundo levantamento Livre para Menstruar, realizado pelo movimento Girl Up.
De acordo com o relatório Pobreza menstrual no Brasil, realizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uniced), cerca de 713 mil meninas não têm acesso a chuveiro ou banheiro em casa e mais de 4 milhões não possuem itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.
Além disso, o projeto é sustentável. Estima-se que as mulheres descartam 10 mil absorventes durante suas vidas e estes demoram até 500 anos para se decompor.
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