Mentoria

FGV Ceipe beneficia mais de um milhão de alunos da rede pública

Instituição, que acaba de completar 5 anos, oferece apoio a gestores do setor, com o objetivo de transformar o ensino no país

Eu Estudante
postado em 28/04/2022 18:46 / atualizado em 28/04/2022 19:00
 (crédito: FGV Ceipe/Divulgação)
(crédito: FGV Ceipe/Divulgação)

Mais de 1 milhão de alunos da rede pública dos ensinos fundamental e médio foram beneficiados pelas ações do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV Ceipe), que completa cinco anos. Para marcar a data, a instituição de referência em ensino e pesquisa publicou um relatório anual mostrando suas principais iniciativas. No ano passado, a unidade formou 19 gestores de secretarias de educação municipais de estaduais, contra sete em 2020. Já o número de líderes que receberam mentoria subiu de 35 para 49, no comparativo do mesmo período.

O último levantamento do Censo Escolar da educação básica mostrou que a rede pública representa 82,5% do total de matrículas no Brasil. Só em 2021 foram mais de 37 milhões de crianças e jovens atendidos pela esfera pública, incluindo os inscritos na educação especial. “É com esse entendimento que o FGV Ceipe estabeleceu como foco os gestores públicos educacionais, para muni-los das competências, habilidades e conhecimentos necessários para oferecer excelência, equidade e inovação para todos”, explica a diretora do Ceipe, Cláudia Cosstin.

A qualidade do trabalho desenvolvido pela unidade da FGV também é destacada no relatório. De acordo com o documento, antes da formação, 60% dos líderes alcançaram níveis insuficientes na autoavaliação de suas competências e 40%, suficientes. Após a capacitação, o primeiro índice caiu para 7% e o segundo subiu para 93%. A classificação por níveis foi feita seguindo uma escala própria de notas, que varia entre zero e 100 pontos. O aluno é considerado suficiente ao atingir níveis ‘Apto’ ou ‘Avançado’ em pelo menos 60% das competências.

Ainda segundo Costin, três áreas integradas abrangem os projetos do Ceipe, produção de conhecimento em políticas educacionais, apoio à implementação de políticas educacionais e formação de líderes em políticas educacionais. Ela explica que a primeira visa fomentar a produção de conhecimento aplicado em educação no país, desenvolvendo materiais que atendam às demandas e interesses de gestores públicos e demais públicos. A segunda tem por objetivo apoiar a gestão de redes públicas de ensino no desenho e implementação de políticas educacionais. Já a terceira pretende desenvolver competências pessoais, relacionais e de gestão em política educacional para maximizar o impacto de sua atuação.

“Além dessas áreas, há duas de apoio, comunicação e operações e estratégia. Nossa missão é melhorar a gestão da política educacional para que o Brasil tenha uma educação básica equitativa, inovadora e de qualidade”, explica Tássia Cruz, gerente-executiva do Ceipe e professora da Escola de Políticas Públicas e Governo da FGV.

Ela observa que o Brasil enfrenta fortes obstáculos no que diz respeito à garantia de qualidade e equidade na educação básica. E lembra que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) mostra que um dos principais desafios no desenvolvimento da educação no país está nas grandes desigualdades sociais, fortemente influenciadas por fatores como nível socioeconômico, localização regional e cor/raça.

“A pandemia de Covid-19 piorou mais ainda esse quadro. Nesse sentido, o FGV Ceipe se propõe a oferecer o apoio necessário aos gestores do setor, com o objetivo de transformar o ensino no país. As áreas trabalham em conjunto com esse propósito e atuam por meio de projetos, mentorias, eventos e publicações”, destaca a gerente-executiva, pontuando que os projetos de Formação de Líderes em Políticas Educacionais contêm um forte componente de qualificação das equipes, para que possam dar continuidade ao trabalho após o término da programação.

“Assim, desenvolvemos como estratégia uma metodologia de formação de gestores educacionais que parte da nossa matriz de competências do gestor de políticas educacionais, visando apoiar o desenvolvimento de competências pessoais, relacionais e de gestão, ferramentas fundamentais para um gestor ter sucesso em sua atuação”, diz Tássia Cruz.

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