O senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação do Senado, afirmou que, caso o ex-ministro Milton Ribeiro ou o ministro interino da Educação, Victor Godoy, não compareçam ao colegiado para prestar esclarecimentos, será uma "confissão de culpa" e abre precedente para formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação.
"Se qualquer um dos convidados a prestar esclarecimentos sobre esses fatos gravíssimos envolvendo recursos do ministério da Educação não comparecer ao Senado, será interpretado como uma confissão de culpa", afirmou o senador".
Castro já havia afirmado na terça (29/3) que a ausência poderia abrir o precedente para instaurar a CPI. Agora, o senador afirma que o colegiado irá reagir.
Segundo o parlamentar, a ausência seria, no mínimo, "uma descortesia do ex-ministro". Contudo, ele afirmou que a comissão não ficará de "braços cruzados". "A ausência será a provocação da abertura da CPI do MEC", disse.
No Twitter, Castro afirmou que Godoy está disposto a comparecer ao colegiado. "Recebi agora a ligação do ministro interino da Educação, Victor Godoy, que se colocou à disposição para prestar esclarecimentos à Comissão de Educação do Senado sobre as denúncias de corrupção na pasta. Amanhã vamos votar o requerimento de convocação de Godoy", escreveu.
Áudio vazado
Ribeiro foi convidado para prestar esclarecimentos sobre o áudio divulgado pela imprensa, na semana passada, no qual afirma que a liberação de recursos do MEC seria controlada por pastores evangélicos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A reunião na comissão está marcada para iniciar as 9h, nessa quinta-feira (31/3). Após a deliberação das pautas do dia, o colegiado se abrirá para a oitiva de Milton Ribeiro. Contudo, Castro afirmou que o ex-ministro ainda não confirmou se atenderá ou não ao convite feito.