Pegar um ônibus, participar de uma seletiva de emprego, ir ao banco e ler a bula de remédios — para tudo isso e muitas outras funções do dia a dia é necessário saber ler. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, cerca de 11 milhões de pessoas com mais de 15 anos não eram alfabetizadas. Pensando nessas situações, a Estácio junto com o Instituto Yduqs promove o programa de alfabetização e letramento para jovens e adultos, as inscrições estão abertas e vão até 31 de março.
A coordenadora pedagógica do projeto de alfabetização da Estácio, Cecília Vieira, explica que no projeto a alfabetização "é entendida em seus fortes vínculos com a cidadania e inclusão social” e adiciona que a abordagem do programa é direcionar a educação de jovens e adultos como um direito fundamental e constitucionalmente garantido.
O programa tem abrangência nacional e ocorre desde 2019, nas 19 unidades da faculdade pelo Brasil, mas teve uma pausa durante a pandemia. O programa vai ocorrer de forma presencial, com duração de quatro meses, e aulas ministradas por alunos dos cursos de licenciatura da faculdade, acompanhados por professoras da instituição.
Em Brasília, o projeto atendeu 10 jovens e adultos da comunidade, e são cinco estudantes atuando como docentes. A ideia do programa é que os alunos atendidos consigam ler e escrever pequenos textos com compreensão, resolver problemas matemáticos simples e se comunicar por mensagem de texto.
“Uma das premissa que direciona este trabalho é o reconhecimento de que é necessário retomar a discussão acerca das especificidades da Educação de Jovens e Adultos, em especial, destacar a necessidade de uma formação pedagógica que possibilite aos estudantes da pedagogia atuar em classes de Jovens em Adultos, assumindo uma perspectiva de letramento pautada no respeito, ética, valores e cidadania e, além disso, comprometida com a formação de cidadãos autônomos e críticos que possam realizar mudanças mais amplas em suas próprias vidas", explica Cecília.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori