Foi sancionado nesta segunda-feira (24) o Orçamento da União para 2022. O presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou o documento, que prevê corte de 3,128 bilhões. Entre os recursos cortados pelo presidente estão verbas para a área de ensino e pesquisa. Entidades estudantis publicaram nota de repúdio contra esses cortes que chegam a R$ R$ 802,6 milhões (R$ 499 do FNDE).
No comunicado, a Ubes, a União Nacional dos Estudantes e a Associação Nacional de Pós-Graduandos chamaram a ação de “plano de desmonte” e que o projeto do governo “rebaixa a importância da educação, que não olha para o desemprego e a miséria crescente no país”.
Na nota, as estidades enfatizam que o presidente Bolsonaro, vetou R$ 802,6 milhões para a educação, mas manteve R$ 4,9 bilhões para p fundo eleitoral, o chamado fundão. E acusa o governo de ter “prioridades muito distantes das urgência da população e a saída crise social e econômica que atravessamos”.
Confira a nota na íntegra:
Hoje, 24 de janeiro de 2022, Dia Internacional da Educação, nós estudantes recebemos a notícia que o Governo Bolsonaro cortou recursos dos ministérios da Educação e da Previdência e do Trabalho. Perpetuando seu plano de desmonte, principalmente do ensino.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a União Nacional dos Estudantes e a Associação Nacional de Pós-Graduandos repudiam o projeto do Governo Bolsonaro, rebaixando a importância da educação, que não olha para o desemprego e a miséria crescente no país.
O corte acontece ao mesmo tempo em que Bolsonaro blinda o “orçamento secreto”. Mais uma vez, provando que suas prioridades estão muito distantes das urgência da população e a saída crise social e econômica que atravessamos.
Ainda vivemos um momento crítico no Brasil e estamos lutando contra as sequelas na educação causadas pelo fechamento das escolas e universidades durante a pandemia e pela falta de projetos que viabilizassem o ensino remoto para milhões de estudantes .
Seguimos sem projeto e qualquer iniciativa para mudar a atual situação. O corte de R$ 739,9 milhões da Educação, dos quais R$ 499 milhões pertenciam ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) é mais um ataque à nossa cidadania.
Ainda ontem recebemos o estudo da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) que mostrou que uma geração inteira será profundamente afetada pela crise sanitária em que vivemos. E o atual Governo não faz nenhuma menção ao resgate aos milhões de alunos brasileiros, que são o futuro do país.
Não podemos aceitar que a nossa geração caminhe sem qualquer perspectiva.
Precisamos nos mobilizar pela Educação do Brasil e lutar por seu futuro, por qualidade e com menos desigualdade.