ENSINO MÉDIO

Estudantes avaliam positivamente o Novo Ensino Médio

Pesquisa com 2 mil alunos do novo modelo e do currículo tradicional revela percepção sobre a escola e os desafios para o futuro. Formação para mercado de trabalho e nas áreas de interesse são destaques

EuEstudante
postado em 26/10/2021 18:43 / atualizado em 27/10/2021 14:31
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Os dados mostram que 61% dos alunos que estão cursando o Novo Ensino Médio avaliam positivamente o modelo. Entre os motivos estão “facilita o primeiro emprego devido à capacitação” e o currículo, que traz mais conhecimento e é compatível com área profissional desejada.

Confira o infográfico da pesquisa.

Para 73% desses estudantes, o potencial do Novo Ensino Médio para melhorar a qualificação profissional do Brasil é grande ou muito grande. Cerca de 77% dos alunos estão muito satisfeitos ou satisfeitos com a escola e 78% estão muito otimistas e otimistas com futuro profissional. Entre os estudantes do currículo tradicional, os percentuais são 70% e 68%, respectivamente.

Do total, uma boa parte (84%) dos estudantes concordam totalmente ou em parte que o Novo Ensino Médio irá desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para os jovens; 83% concordam totalmente ou em parte que o Novo Ensino Médio irá fortalecer o protagonismo dos jovens ao possibilitar a escolha da área que desejam aprofundar seus conhecimentos; 83% concordam totalmente ou em parte que com o Novo Ensino Médio, as escolas brasileiras irão formar jovens mais preparados para os desafios e demandas do atual mercado de trabalho. 

Das mudanças estabelecidas na reforma, a integração da Formação Técnica e Profissional (FTP) e a inclusão de atividades voltadas para o projeto de vida do estudante são as mais bem avaliadas. Segundo a pesquisa, parcela significativa dos jovens acredita que, com o Novo Ensino Médio, as escolas brasileiras irão formar jovens mais preparados para os desafios e as demandas do mercado de trabalho.

Pesquisa realizada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) encomendada ao Instituto FSB, entrevistou mil alunos de escolas da rede pública de São Paulo e do Mato Grosso do Sul e da rede SESI que já estão experimentando a nova estrutura curricular prevista na Lei 13.415/2017.

A pesquisa também ouviu mil estudantes do currículo tradicional, de maneira proporcional ao Censo Escolar nos critérios estado, condição do município e rede de ensino. Em ambos os grupos de entrevistados, o itinerário de FTP é o mais escolhido entre as cinco opções— seguido por linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e natemática. Segundo os adolescentes, a escolha dos itinerários se baseia no ingresso no mercado de trabalho, na afinidade com o curso superior e no desenvolvimento de competências específicas em uma área.


A pesquisa revela ainda alto interesse dos estudantes pelo ensino superior. Por outro lado, a necessidade de trabalhar e a falta de interesse ameaçam a continuidade dos estudos – o trabalho, aliás, já é uma realidade para boa parte dos entrevistados, sendo predominantemente um trabalho informal. Para os estudantes do ensino médio tradicional, a insatisfação com a metodologia de ensino seria um motivo para sair da escola, problema que não foi reportado pelos estudantes do novo ensino médio.

“A educação brasileira tem um grande desafio pós-pandemia, de resgate do estudante e de implementação do novo ensino médio. É importante ouvirmos o jovem nesse processo para termos a percepção dele sobre a última etapa da formação básica e as mudanças em curso”, afirma o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi. 

O itinerário de Formação Técnica e Profissional (FTP) é o mais escolhido entre as cinco opções (26%), seguido por Linguagens (20%), Ciências Humanas (18%), Ciências da Natureza (16%) e Matemática (11%). O que motiva os estudantes a escolherem o itinerário formativo é o interesse em ingressar no mercado de trabalho logo após ensino médio (31%) e a afinidade com o curso superior que desejam fazer (28%).

 



Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação