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Retorno às aulas presenciais nas escolas públicas do DF está em negociação

A previsão sa SEE-DF é que em 2 de agosto os professores e alunos se reencontrem pessoalmente

Ana Patrícia Alves*
postado em 13/07/2021 18:30
 (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
(crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)

No Distrito Federal, a vacinação contra o coronavírus para profissionais da educação encerrou neste domingo (11). Segundo dados da Secretaria de Educação, o retorno às aulas presenciais está previsto para 2 de agosto, porém para o Sindicato de Professores do DF (Sinpro) isso não será possível. Após estimativa de imunização para 16 mil trabalhadores até dia dez de julho, pouco mais de 10.500 foram vacinados. No entanto, a Secretaria de Educação afirmou que 100% dos profissionais receberam a vacina.


O Sinpro afirma que por inúmeros motivos vários profissionais não foram imunizados. De acordo com Samuel Fernandes, 42, diretor da instituição, por falta de organização do governo muitos profissionais tomaram a primeira dose pela campanha de idade, quando eram aplicadas vacinas em duas doses, e não em dose única como previsto na campanha para os trabalhadores da área. “Pela idade estavam aplicando a CoronaVac, AstraZeneca ou a Pfizer, que tem um prazo para segunda dose. Muitos vão tomar essa segunda dose somente em setembro”, diz.


A vacinação é o primeiro passo para o retorno das aulas presenciais, porém outras demandas ainda estão pendentes. Em nota publicada pela Secretaria de Educação nesse domingo (11), uma das medidas adotadas seria a redução de intervalo entre as aplicações da primeira e segunda dose. O prazo que anteriormente era de 90 dias, passaria a ser de 60 dias para as vacinas da AstraZeneca e Pfizer.


A Secretaria de Educação do DF afirmou que a antecipação “será detalhada e especificada ainda hoje (12), pelo Comitê de Vacinação”, além de estabelecer quais grupos prioritários serão incluídos na antecipação da segunda dose.


Gainza Ferreira, 42, responsável pelo irmão Greckson, 37, diz que a escola em que ele estuda realizou uma reunião online para informar que a volta às aulas está prevista para o dia 4 de agosto em modo híbrido. Gainza não concorda com o retorno e diz que “as aulas deveriam permanecer online por mais esse ano. Pois os alunos não vão cumprir o distanciamento correto e as medidas não serão cumpridas à risca.”

O Sinpro afirma ter encaminhado à Secretaria de Educação, um documento contendo “mais de 50 pontos-base que precisam ser debatidos para formular um plano de retorno presencial sólido”.


De acordo com Samuel, dia 30 de julho será realizada uma assembleia geral com funcionários da educação para analisar o andamento das negociações em resposta às demandas solicitadas. Para o diretor, existem outras implicações que afetam diretamente o retorno. “Nós temos turmas numerosas [...] A grande maioria das salas são pequenas, não comportam alunos com o distanciamento social mínimo de pelo menos um metro”, afirma.


Além disso, Samuel diz que para o retorno é necessário que o governo assegure condições sanitárias, estruturais e psicológicas para todos e reforça: “Isso vai ser avaliado. Se todas essas condições estiverem garantidas, vamos ver se retornamos dia 2 de agosto. Hoje não temos como afirmar que teremos o retorno.” A previsão de retorno às aulas continua em negociação.

 

*Estudante de jornalismo sob a supervisão da subeditora Ana Luisa Araujo

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