Aula presencial

Ibaneis quer retorno de aulas presenciais nas escolas públicas em junho

Marcelo Queiroga, ministro da saúde, afirmou na CPI da Pandemia que é a favor da retomada na modalidade presencial

Ana Luisa Araujo
postado em 07/05/2021 16:45 / atualizado em 07/05/2021 17:15
Volta às aulas garantiria segurança alimentar, segundo ministro da saúde -  (crédito: Rodrigo Nunes/ Esp. CB/ D.A Press)
Volta às aulas garantiria segurança alimentar, segundo ministro da saúde - (crédito: Rodrigo Nunes/ Esp. CB/ D.A Press)

Governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha afirmou à colunista Samanta Sallum do Correio Braziliense, nesta sexta-feira (7), que pretende retomar as aulas presenciais nas escolas públicas em junho deste ano. O retorno independe da vacinação de todos os profissionais da educação.

“Estou reunindo as condições para que isso seja realizado. Um universo que envolve 600 mil pessoas está parado. Famílias precisam deixar seus filhos nas escolas”, enfatizou.

O Sindicato dos Professores do DF se manifestou dizendo que "não compactua com nenhuma ação genocida e que o retorno às aulas presenciais está definitivamente condicionado à imunização completa de quem atua na Educação”.

Posição do ministro da saúde

Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que ocorreu nesta semana, o ministro da saúde Marcelo Queiroga afirmou à senadora Leila Barros (PSB-DF) que é a favor do retorno das aulas presenciais, entretanto explicou que irá conversar o tema com o ministério da Educação.

A parlamentar expôs o cenário internacional de aulas perdidas em semanas.

Alemanha: 30
Reino Unido: 27
Itália: 38
Canadá: 41
Estados Unidos: 52
Argentina: 50
Colômbia: 48
Peru: 46
Bolívia: 51
Chile: 49

No Brasil, os estudantes perderam 49 semanas de aula. “Considerando essa realidade, sr. ministro, eu indago ao senhor o que o senhor pensa, na condição de ministro da saúde, como eu falei, a maior autoridade nesta área, sobre a volta às aulas na conjuntura atual da pandemia no país?”, foi o questionamento de Leila Barros a Queiroga.

Segundo a autoridade, a “opinião pessoal” dele é que os estudantes voltem à modalidade presencial “não só por conta da questão da educação em si, mas porque, nas aulas, sobretudo, nas escolas públicas, [há] a segurança alimentar e outros pontos importantes".

A diretora do Sinpro-DF, em matéria publicada no site da instituição, explica que a preocupação maior é a defesa da vida. Segundo ela, mais de meio milhão de pessoas transitariam no espaço escola-cidade. Ou seja, não são somente os alunos que correriam riscos, ou os professores. Mas pais, ou quem transportam as crianças e adolescentes, aqueles que limpam as escolas e os que fazem e servem a comida para os estudantes.

“Não podemos aceitar que o risco da morte seja imposto. Reconhecemos que a ausência do ensino presencial cria lacunas graves no processo do ensino-aprendizado, principalmente pela ausência de políticas públicas para a área de educação. Mas, com a vida, poderemos nos reconstruir. Sem a vida, a única coisa que teremos é a ampliação da dor irreparável que assola milhares de brasileiros — crianças e adultos —, que perderam seus familiares”.

 

 

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