Manifestantes se reúnem nesta quinta-feira em frente ao Senado Federal. A mobilização faz parte dos atos convocados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós graduandos (ANPG) para hoje em 16 cidades de todas as regiões.
Os atos são contrários à PEC Emergencial, que teve votação adiada para terça-feira (2/3) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que pretende retirar o piso mínimo para educação e saúde a fim de viabilizar o retorno do auxílio emergencial.
Hoje, os senadores devem ler a proposta de emenda constitucional e iniciar os debates. Polêmica, boa parte dos parlamentares criticou o ponto da PEC que acaba com os mínimos constitucionais para os gastos com saúde e educação.
As manifestações foram convocadas após cortes previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), entre eles o de 17,5% das verbas discricionárias, destinadas ao funcionamento das universidades. Também defendem um plano de vacinação mais ágil e o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
A primeira manifestação ocorreu nesta quinta-feira (25) em Recife (PE), às 7h , na Estação Metrô. Na cidade de São Paulo, houve panfletagem e mobilização no metrô Anhangabau e intervenção do movimento Juventude Fogo no Pavio, juventude do Movimento dos Trabalhadores sem-teto (MTST), na Avenida Paulista. Estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) também se mobilizaram e colocaram cartazes na Avenida Almirante Barroso.
Ainda há mobilizações marcadas em Macapá (AP), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Brasília (DF). Os horários podem ser conferidos nas redes sociais da UNE. Na quarta-feira (24), ocorreu o tuitaço com a hashtag #SalvePnaes.
De acordo com a assessoria da UNE e da Ubes: “ainda que sem tantas pessoas, como em outras manifestações, a ideia é levar à sociedade as questões do orçamento da educação”.
As mobilizações são inspiradas nos atos de 2019 contra os cortes nas universidades federais anunciados pelo então ministro Abraham Weintraub.