O Ministério Público Federal (MPF) arquivou investigação por racismo contra o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Aberto em abril de 2020, o inquérito foi iniciado após o então ministro acusar o governo chinês de se beneficiar da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus por meio de um tweet.
No fim de 2020, a Polícia Federal (PF) concluiu que não havia elementos suficientes para indiciar o ex-ministro por racismo. Com base nesse relatório, a Procuradoria da República no Distrito Federal optou pelo arquivamento do caso.
Na publicação na rede social, Weintraub postou uma capa de gibi da Turma da Mônica, em que aparece a muralha e a bandeira chinesa, e escreveu o texto trocando o “R” pelo “L” como o personagem Cebolinha.
"Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PedeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, escreveu.
O então ministro disse ter usado a forma de falar característica do personagem porque essa fala também é "associada à fala de povos orientais".
Na ocasião, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, acusou Weintraub de racismo e o economista apagou a postagem em seguida.
Weintraub ainda chegou a dizer, em entrevista, que não era racista e que pediria desculpas sob a condição de que o governo chinês vendesse 1.000 respiradores a preço de custo para o Estado brasileiro.
O inquérito foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Após Weintraub deixar o cargo, o julgamento passou para a primeira instância da Justiça.