Estudantes do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual de Educação Profissional Edson Queiroz (EEPE) em Cascavel (CE) faturaram o primeiro lugar do prêmio Respostas para o Amanhã, lançado pela Samsung. Eles desenvolveram um robô movido à energia solar capaz de auxiliar os agricultores familiares no plantio de sementes.
A cerimônia de anúncio dos vencedores, na manhã desta quinta-feira (19/11), contou com a apresentação do influenciador digital Felipe Castanhari, além das presenças virtuais de Isabel Costa, gerente de cidadania da Samsung, e Anna Helena Altenfelder, presidente do conselho de administração do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.
Robô semeia a empatia
A Samsung incentiva que alunos e professores da rede pública de ensino de todo o país desenvolvam soluções para problemas locais por meio da abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Por isso, Anna Beatriz Santos, Jamilly Félix e Ud Madeiro, com a orientação da professora Thayane Farias, desenvolveram um robô de materiais reciclados.
O Vespertílio prepara o solo e planta sementes, com isso ajuda o agricultor familiar a produzir mais com menos desgaste físico. O nome dado ao robô significa morcego em latim, e é um homenagem a um dos animais que mais semeia e fertiliza sementes em florestas.
Segundo Ud Madeiro, 16 anos, a ideia do grupo é criar uma startup futuramente para introduzir o robô no mercado e contribuir para o sustento dos agricultores com uma maior capacidade de plantio. Para ele, fazer ciência é muito mais do que criar uma solução: é enxergar um problema que vai ajudar a comunidade.
“Você não só vê a mudança, mas faz parte da mudança e cria tecnologias para ajudar os outros. Iniciação científica também é empatia e é o que move a humanidade”, afirma o estudante do 1º ano do ensino médio.
O Ceará ao todo teve quatro representantes na final do prêmio. Nesta edição, além dos alunos da EEPE, Cascavel também contou com outros dois finalistas. Pernambuco teve três projetos nesta fase, ressaltando a presença do Nordeste. Os estudantes ganharam um smartphone cada, e a escola também faturou uma smart TV.
Durante a transmissão ao vivo, que ocorreu pelo YouTube da Samsung, foram apresentados vídeos dos 10 finalistas, além da participação especial da estudante Juliana Estradioto, jovem cientista em 2018 e vencedora regional da 4ª edição do Respostas para o Amanhã.
No bate-papo com Castanhari, Juliana reforçou a importância da ciência na vida de tantos jovens e dela própria. Ela afirmou que o prêmio representa muito mais do um reconhecimento, mas uma forma de empoderar os jovens. “A gente sempre escuta que o jovem é o futuro, mas podemos ser o presente”, afirmou a estudante.
Pódio ficou com o Nordeste
A premiação contou com uma categoria de “Júri popular”. A votação iniciou em 12 de novembro e ficou aberta até a última quarta-feira (18/11) para que as pessoas pudessem votar nos melhores projetos.
Os vencedores dessa categoria foram a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Marconi Coelho Reis, de Cascavel (CE), Escola Estadual Tristão de Barros, de Currais Novos (RN), e a Escola de Referência em Ensino Médio de Ipojuca (PE). Cada escola foi contemplada com um troféu e os estudantes ganharam um par de fones de ouvido Samsung Buds+.
O segundo lugar do prêmio ficou com os estudantes da Escola Ronaldo Caminha Barbosa com o projeto “CapSeed: revestimento de sementes com goma sustentável”, também de Cascavel (CE). Cada estudante ganhou um tablet Samsung, e a escola uma smart TV.
O terceiro classificado ficou com os alunos do Instituto Federal de Pernambuco - câmpus Recife com uma solução que propôs o uso de materiais para remoção de corantes têxteis usados no polo de confecção do agreste pernambucano. Eles levaram para casa um Smartwatch Active e também uma smart TV para a escola.
Os demais finalistas foram contemplados com um notebook Samsung para cada aluno e um Smartwatch Samsung para o professor orientador de cada uma das 10 equipes finalistas. Além disso, esta edição também premiou os alunos da Escola Adroaldo Colombo em Palotina (PR) pelo projeto de reflorestamento utilizando minifoguetes, com uma menção honrosa pela solução ter abordado todas as áreas propostas do prêmio.
Aprender ciência na prática
Mesmo em um cenário pandêmico, a edição deste ano atraiu 1.749 estudantes, 997 professores e 303 escolas públicas diferentes. Os temas mais explorados foram educação, infraestrutura urbana ou rural e saúde. Ao todo, foram avaliados 521 projetos, sendo 202 (38,8%) da região Sudeste, 174 (33,4%) do Nordeste, 81 (15,5%) do Norte, 37 (7,1%) do Centro-Oeste e 27 (5,2%) do Sul.
O objetivo da Samsung com o prêmio é incentivar que os estudantes aprendam na prática e desde cedo tenham contato com a iniciação científica. Segundo a gerente de cidadania da Samsung, Isabel Costa, 46, o programa percebe a importância de incentivar mais a educação e a ciência, elementos essenciais no dia a dia dos estudantes.
Por isso, mesmo com o distanciamento social, eles não desistiram de propor o evento e reconhecem o papel essencial do professor no processo. “É um ano em que a ciência está mais presente e mais relevante”, pondera Isabel. “A gente acredita que o professor é caminho que vai poder despertar o interesse dos alunos."
Cada edição: buscar algo para ajudar ainda mais
Para o ano que vem, na 8ª edição, a Samsung manterá as mentorias, mas a ideia é que as equipes se preparem, baixem o aplicativo e acompanhem o calendário pelo site. O Prêmio Respostas para o Amanhã vai disponibilizar mais conteúdos para agregar na etapa de inscrição para que os estudantes possam chegar nas etapas eliminatórias cada vez mais preparados.
As mentorias tiveram como objetivo potencializar as soluções e ajudar no desenvolvimento dos protótipos. O site do prêmio serviu de apoio para fóruns, trocas de experiência entre os estudantes, além de ser um espaço para despertar a criatividade.
Acesse o site e conheça mais sobre o prêmio que incentiva que estudantes do ensino médio de escolas públicas proponham soluções de impacto social para o lugar onde vivem.
*Estagiária sob supervisão da editora Ana Sá