A Escola Classe 15 de Ceilândia ganhou o Prêmio Gestão Escolar no Distrito Federal. O anúncio foi feito durante cerimônia de premiação no Palácio do Buriti, na manhã desta terça-feira (17/11), pelo secretário de Educação do Distrito Federal, Leandro Cruz.
Com a pandemia, a escola de regime integral adaptou todas as atividades para o ensino remoto. Desde abril, o colégio começou a atender alunos do 1° ao 5° ano pelo WhastApp, produzir material impresso e utilizar ferramentas on-line para as aulas diárias como o Google Meet e o Google Sala de Aula.
Para continuarem cumprindo o regime de 10 horas diárias, os alunos passaram a fazer atividades em família, como hortas e projetos de educação ambiental. Segundo a diretora da escola, Mariângela de Oliveira, 43 anos, as atividades foram fundamentais para que a instituição não perdesse o vínculo com os alunos.
O acesso à internet e a equipamentos por alunos e professores foi um dos principais desafios enfrentados pela gestão da escola. A instituição adquiriu novos equipamentos para que os docentes pudessem trabalhar e também fez campanhas para arrecadar dispositivos destinados a alunos sem recursos para acompanhar o conteúdo.
Devido à pandemia, todas as escolas foram surpreendidas com o ensino remoto, mas Mariângela reforça que, para as instituições públicas, foi ainda mais desafiador. “É tudo novo e diferente. Então, trabalhar virtualmente hoje, na escola pública, é um desafio muito grande porque ninguém estava preparado para isso”, afirma.
Valorização da gestão durante a pandemia foi tema do prêmio
A temática da edição deste ano do Prêmio Gestão Escolar foi "Como as escolas estão enfrentando o desafio do afastamento social para manter o vínculo entre os atores escolares?”. A iniciativa busca reconhecer e valorizar escolas que estão se empenhando na solução dos desafios impostos pela pandemia de forma criativa.
Ao todo, oito instituições de ensino foram finalistas e, então, classificadas no anúncio do prêmio. A Escola Classe 15 de Ceilândia ocupa o primeiro lugar do pódio, acompanhada do segundo colocado, o Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Gama, e da terceira classificada, a Escola Classe 16 de Planaltina.
As demais escolas foram Centro de Ensino Fundamental 15 do Gama (4º), Centro Educacional Agrourbano do Núcleo Bandeirante (5º), Centro de Ensino Fundamental Profª Maria Rosário de Ceilândia (6º), Escola Classe 401 do Recanto das Emas (7º) e Escola Classe Palmeiras de Planaltina (8º).
A Secretaria de Educação dará a todas essas instituições dois computadores e certificado de participação. As três primeiras colocadas receberão também uma bonificação do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF): o valor será de R$ 10 mil para a terceira colocada; de R$ 15 mil, para a segunda; e de R$ 25 mil, para a primeira.
Para Mariângela, o sentimento com a vitória é de "missão cumprida" com alunos, pais, professores e toda a comunidade. “Esse prêmio é muito importante porque é o reconhecimento do trabalho que a gente faz no dia a dia da escola”, vibra a diretora.
A Escola Classe 15 de Ceilândia participa da disputa pela premiação há quatro anos e esta é a primeira vez em que saiu vencedora. A meta agora, segundo a diretora, é continuar com a qualidade no ensino híbrido em 2021, com atividades remotas e presenciais.
O relexo das boas práticas da escola está no resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): a Escola Classe 15 tem o melhor índice entre as instituições de Ceilândia.
Próxima fase será regional
A próxima etapa regional, com a Escola Classe 15 de Ceilândia como representante do DF, definirá cinco finalistas de cada uma das regiões do país. A cerimônia de premiação da escola "Referência Brasil" será em 10 de dezembro.
O Prêmio Gestão Escolar é promovido desde 1998 pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para estimular a melhoria da gestão das escolas públicas. O objetivo é reconhecer boas práticas, incentivar o aprimoramento dos processos de gestão e promover ações que possibilitem a troca de experiências entre gestores.
*Estagiária sob supervisão da editora Ana Sá