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Novo Fundeb

Malala defende Fundeb e diz que meritocracia exige igualdade no ensino

Ativista paquistanesa acredita que o Novo Fundeb será essencial para garantir que todas as meninas brasileiras possam frequentar a escola em todo o país

A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 23 anos, símbolo da luta pela educação e mais nova a ganhar um prêmio Nobel (no caso o da Paz), defendeu a importância do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) no Brasil. Ela também afirmou que não pode haver meritocracia sem igualdade no direito à educação.

 

As afirmações foram feitas em entrevista à empresa pública de comunicação inglesa BBC. Malala se formou pela Universidade Oxford, na Inglaterra, em junho. Ela ingressou na instituição, no curso de filosofia, política e economia, em 2017 após ter estudado em instituto em Birmingham. Aos 17 anos, ganhou o prêmio Nobel da Paz após ter sofrido um ataque brutal apenas tentando estudar no Paquistão.

Lutando pelo direito de estudar, especialmente o de meninas em todo o mundo, Malala destacou um triste número brasileiro: 1,5 milhão de garotas fora da escola. Entre essas, as negras e as indígenas são as que têm menos chance de alcançar 12 anos de estudo por motivos como pobreza e racismo, denunciou Malala.

A ativista observa que, se todas as meninas do mundo completassem 12 anos de escola, elas adicionariam R$ 160 trilhões à economia global, acabando com lacunas na força de trabalho e gerando novos empregos.

Na entrevista à BBC, Malala demonstrou estar bem informada sobre os debates que envolvem a educação brasileira. Na avaliação dela, o Novo Fundeb, recentemente aprovado em PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara dos Deputados e em vias de ser votado no Senado, ajudará a garantir um futuro em que todas as meninas brasileiras possam ir à escola.

Quando esteve no Brasil, em 2018, Malala conversou sobre o Fundeb com estudantes. O Fundo Malala, fundado pela paquistanesa e pelo pai dela, apoia causas da educação em oito países, entre eles o Brasil. Ativistas da ONG têm conversado com parlamentares e meninas brasileiras sobre o Fundeb.