Adolescência

Estudantes da UnB buscam financiamento para filme sobre saúde mental

Alunos de audiovisual fazem vaquinha para custear a produção do drama psicológico Não Respire Debaixo D’Água, que aborda experiências de pressão na adolescência

Sofia Thomas*
postado em 15/03/2024 18:28 / atualizado em 18/03/2024 15:15
Previsto para maio deste ano, o drama ainda não possui local de exibição confirmado. -  (crédito: Arquivo pessoal)
Previsto para maio deste ano, o drama ainda não possui local de exibição confirmado. - (crédito: Arquivo pessoal)

Produção realizada por estudantes do 5° semestre do curso de audiovisual da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB), o drama psicológico Não respire debaixo D’Água retrata os conflitos vivenciados por adolescentes em situações de pressão, seja em contextos pessoais ou profissionais.

Tendo como personagem principal a nadadora Mariane, uma mulher LGBT em desenvolvimento, o filme deseja conversar com o público adolescente sobre saúde mental, por meio de sua estética, cenografia e sonoplastia.

Com o curta, os futuros cineastas pretendem se projetar no mercado de trabalho e na circulação da cultura fora do ambiente acadêmico. O projeto já ganhou o apoio da academia D'Stak Fitness, que servirá como locação principal para as gravações, mas os estudantes ainda precisam levantar o orçamento de produção do filme, de aproximadamente R$ 3 mil. Para isso, os universitários criaram uma campanha de arrecadação coletiva, que pode ser acessada aqui

Relevância

O cenário principal de Não respire debaixo D’Água será em uma locação incomum: uma piscina. Ana Clara Simões, aluna responsável pela direção da obra, conta como funcionou o processo criativo para decidir onde a história ocorreria: "Eu sempre achei muito interessante a imagem de piscinas dentro de filmes, possui um significado muito grande e diverso, dependendo de como você trabalha esse elemento. Então, a minha ideia partiu daí, eu queria muito fazer um filme que tivesse esse ambiente da piscina e que eu pudesse usar essa imagem para representar os sentimentos dos personagens."

A professora Mariana Souto, coordenadora do curso de audiovisual, define a produção de seus estudantes como atual, com tópicos muito importantes para juventude. “A gente tem vários casos dessa geração de alunos que têm alguma questão com à saúde mental, e, além disso, é um filme que também trabalha com a temática LGBT. Então, eu acho que vai resultar em um filme sensível e bonito, além de tudo, claro, dirigido por uma menina, então, mais interessante ainda”, comemora.

Sinopse

Em meio a treinos intensos para a competição de natação que pode mudar o rumo de sua vida, Mariane, conhece Mia, também nadadora e nova no colégio. Assim que passam a dividir a academia, o interesse de Mariane por Mia aumenta e a dinâmica entre as duas complicam a vida de Mariane. O estresse causado pela pressão e o envolvimento com a nova colega começam a mexer com o psicológico de Mariane, que passa a perder a noção da realidade. Após meses de treinamento intenso, nas vésperas da competição, Mariane declara sua desistência.

Para saber mais sobre a produção, acesse o site.

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Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi

  • Mariana Souto, coordenadora do curso de audiovisual da UnB
    Mariana Souto, coordenadora do curso de audiovisual da UnB Foto: Arquivo pessoal
  • "O cinema universitário é muito importante porque é a oportunidade que a gente tem de mostrar o que nós, alunos, somos capazes de fazer " diz Ana Clara Simões, diretora do curta.
    "O cinema universitário é muito importante porque é a oportunidade que a gente tem de mostrar o que nós, alunos, somos capazes de fazer " diz Ana Clara Simões, diretora do curta. Foto: Arquivo pessoal
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