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CULTURA

55% da população do DF não leu nenhum livro nos últimos três meses

Relatório do ObservaDF mapeou os hábitos e o acesso à cultura da população do Distrito Federal

55% da população do Distrito Federal não leu nenhum livros nos últimos três meses. O dado é um dos recortes feito pelo ObservaDF no relatório Hábitos culturais no DF: a presença da desigualdade, que mapeou como o brasiliense consome produtos culturais, como literatura, música e videogames. 

O estudo foi feito com base nos dados coletados com a população urbana do Distrito Federal, focando no mapeamento dos mais diversos hábitos culturais. 

Dentre a população do DF, 23% diz que lê quase todo dia. O recorte por gênero mostra que os homens leem com menos frequência que as mulheres; já por idade, os jovens são leitores mais assíduos do que os idosos.

A maior parte das pessoas, independente da renda, lê mais por livros físicos. Jovens também se destacam no uso de livros físicos, embora essa seja a modalidade preferencial de leitores de faixas etárias mais avançadas, que usam quase que exclusivamente esta modalidade.

De acordo com o levantamento, a música é um bem de consumo cultural mais popular no DF: 73% da população escuta música diariamente. Dentro dessa parcela, a população mais rica da capital federal é a que mais consome. A frequência que o brasiliense ouve música também muda de acordo com o gênero: as mulheres ouvem mais.

A maioria da população, 70%, escuta música por streaming, como Youtube e Spotify. Dentre os gêneros musicais, o menos conhecido é a música clássica.


Jogos digitais e museus 

Cerca de 40% usam jogos digitais no DF, sendo que 24% diz jogar diariamente ou quase todo dia. O consumo dessa forma de hábito cultural é um fenômeno puramente jovem. Pessoas que moram em cidades com renda mais elevada tendem a jogar mais. 70% dos jovens fazem uso desse bem cultural, sendo o uso frequente. 73% das pessoas acessam jogos eletrônicos pelo smartphone e 14% por consoles de jogos. No recorte por gênero, diferente da leitura e da música, os maiores consumidores são os homens. 

A pesquisa também mostrou que as visitas aos museus tornaram-se uma atividade cultural extremamente elitizada no DF. A frequência das visitas não muda nos recortes por gênero, no entanto, há mudanças por faixa etária: os mais jovens frequentam mais museus do que os idosos. 

 

 

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