Eu, Estudante

Sustentabilidade e Bem-Estar

21ª Semana Nacional de Museus começa nesta segunda-feira (15)

Até domingo (21), museus e instituições educativas e culturais participantes realizarão atividades em todo o país inspirados pelo tema 'Sustentabilidade e Bem-Estar'

 

Com o tema Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar, a 21ª Semana Nacional de Museus começa nesta segunda-feira (15) e segue até o próximo domingo (21). Mais de 1.100 instituições em todo o país participam da edição, promovida anualmente em razão do Dia Internacional dos Museus, comemorado em 18 de maio. Em Brasília, o Dia Internacional dos Museus, celebrado na próxima quinta-feira (18), vai ser assunto dos equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) em duas mesas redondas, na mesma data, dentro do “1º Colóquio sobre Gestão do Patrimônio Musealizado em Órgãos Públicos”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a edição deste ano destaca a importância dos museus como espaços que promovem o bem-estar e a sustentabilidade, apoiando três objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas: saúde e bem-estar global, ação climática e vida na terra.

Jáder Rezende/CB/D.A.Press - Memorial dos Povos Indígenas e Memorial JK ao fundo

"Em 2023, os museus e instituições culturais e educativas participantes realizarão mais de 3.500 atividades em todas as regiões brasileiras inspirados pelo tema, como exposições, visitas guiadas, palestras, oficinas e apresentações musicais e teatrais", informou o Ibram. Confira a programação completa da semana aqui.

Dia Nacional do Museu

Em Brasília, os debates no Dia Internacional dos Museus serão iniciados no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília, onde ocorre, pela manhã, com convidados externos, “reflexões sobre musealização de bens e espaços em instituições públicas”. A mesa da tarde, com servidores da Diretoria de Preservação da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac), discorrerá sobre o “mapeamento de acervos e plano museológico no âmbito dos museus” da pasta.

Jáder Rezende/CB/D.A.Press - Museu do Catetinho

O termo “musealizar” (tornar um objeto artigo de museu), presente na primeira palestra, guarda nexo de sentido com a noção de mapear acervos, assunto na outra mesa. Mapear o acervo significa identificar as peças de uma coleção, o que possibilita, num segundo momento, construir o plano museológico da instituição, estabelecendo a identidade do museu: o que deve manter, adquirir e descartar. “Essa discussão é primordial para a construção e administração de museus”, afirma a diretora de Preservação, Aline Ferrari, que fará a mediação na mesa da manhã.

“Vamos apresentar o mapeamento dos nossos acervos, feito por acordo de cooperação internacional, e que nos permite definir melhor a identidade de nossos espaços e trabalhar nos planos museológicos de cada um deles. Isso também é um ponto de partida para constituirmos um sistema de museus públicos do DF e dar suporte aos que não fazem parte da secretaria”, explica o titular da Supac, Aquiles Brayner.

“Vamos poder discutir ainda o que é um museu, as finalidades desse tipo de instituição no século 21 e as perspectivas de fomento e criação desses espaços”, acrescenta o subsecretário. Brayner defende que museus públicos não sejam pensados apenas como instituições administradas pelo estado, mas também como lugares imaginados pelas comunidades para conservação de bens materiais e imateriais de valor local. “Queremos dar suporte para que comunidades contem suas histórias”, afirma.

Os museus administrados pela Secec são Museu Nacional da República (MuN), Museu de Arte de Brasília (MAB), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Espaço Lúcio Costa e Museu Histórico de Brasília. O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves e o Espaço Oscar Niemeyer não são tecnicamente museus, mas dispõem de acervo. Os últimos quatro equipamentos formam o Centro Cultural Três Poderes (CC3P), no entorno da praça de mesmo nome.

UnB e Territórios Culturais

Um acordo de cooperação técnica entre a Secec e a Universidade de Brasília (UnB) firmado em 2020 e cuja implementação foi adiada em razão da pandemia é uma novidade que finalmente sairá do papel. Pelo acordo, estudantes do curso de Museologia da UnB vão ser selecionados para estagiar nos equipamentos da Secec. Com o auxílio de professores da universidade, farão diagnósticos dos museus públicos, propondo intervenções e sugerindo mediações para recepção e formação de público. Os primeiros espaços a ganharem esse reforço de qualificação são MPI, MVMC, Catetinho e as unidades do CC3P.

*Com informações da Agência Brasil e da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)