A dança se movimenta com a entrada de novos intérpretes no mercado, mas também com novos espetáculos, cenas curtas, videodanças, novos pesquisadores e propostas de movimento. É com esse objetivo de potencializar o mercado da dança, que o Núcleo de Pesquisa da Cena vem desenvolvendo residências e busca reunir a maior diversidade de corpos e propostas criativas para um resultado amplo. A iniciativa deu a oportunidade para alunos de todo o DF gravarem suas próprias histórias, com direito à assistência técnica, de figurino, trilha sonora e da dança.
O público tem, agora, a oportunidade de assistir on-line diversas formas de como funciona a criatividade, analisando como foram feitas adaptações da mesma obra para palco e para tela. E para que o deleite seja ainda mais interessante, os trabalhos passam pelas danças urbanas, dança de salão, funk, vogue e dança contemporânea.
À frente da imersão Residência Meu Lugar está a diretora e bailarina Juana Miranda — idealizadora do KOH Núcleo de Pesquisa da Cena — que promove agora a segunda imersão do projeto. A edição anterior aconteceu em 2021, de forma independente e on-line, reunindo artistas de todo o país.
Na versão 2022, Juana Miranda juntou-se ao diretor, produtor e coordenador da Escola 2030, Maurício Peixoto, para criar a nova versão com uma pegada que apoia a causa da sustentabilidade do Planeta. A iniciativa contou com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, e com apoio do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), uma vez que os trabalhos foram todos filmados em parques do DF.
“Acreditamos que investir em processos criativos fortaleçam os profissionais e o mercado. Não é fácil criar sozinho e sem estrutura. Na residência os dançarinos terminam com atualização de portfólio, maturação da sua pesquisa e identidade artística, tem oportunidade de serem vistos e esperamos que tenham cada vez mais oportunidade para novos trabalhos”, destaca Juana Miranda.
Também diretor e coordenador do projeto, Maurício Peixoto propôs ao longo da 2ª Residência Meu Lugar uma imersão nos parques do DF.
“Os parques da capital federal, muitos ainda desconhecidos, foram cenário para o trabalho final. Agora, vamos mostrar aos turistas e também aos próprios brasilienses uma rica beleza local nem sempre conhecida. E todas as videodanças contam com temáticas abordadas na Agenda 2030 da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável”, destaca Peixoto, que também realizou sua própria videodança durante o processo.
“O processo foi muito interessante. E fiquei muito feliz porque o projeto foi voltado para a produção artística ao final. E foi muito bom ter vários auxílios, várias opiniões de artistas de diversas áreas que fizeram e fazem fortalecer a cena. Na minha cena eu trabalho um plano intermediário entre a vida e a pós-vida“, destaca Lucas Emanuel, que nesta videodança leva um pouco das artes marciais e urbanas em seu trabalho.
A bailarina Sandra Kelly, da Breaking Dance, conta que gravou as cenas de seu vídeo no Parque Jequitibas, de Sobradinho, região em que mora e que marcou a própria videodança com orgulho. Nesta produção, ela fala sobre a cultura carnavalesca, sobre a feminilidade, o feminino, dentre outros.
Todas as videodanças seguidas das cenas para palco, do mesmo tema e conceito, criadas durante a 2ª Residência Meu Lugar, já estão no ar no canal https://www.youtube.com/@nucleodepesquisadacena.