Para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados abriram nesta quinta-feira (8) a exposição “200 anos de Cidadania: O Povo e o Parlamento”, que irá elencar a trajetória de direitos sociais, coletivos, civis, políticos e étnico-raciais conquistados pela sociedade nos últimos 200 anos até os dias atuais. A exposição foi inaugurada, em sessão solene com ex-presidentes da República. A partir de 10 de setembro, ela será aberta ao público e permanecerá até 1° de dezembro, no Salão Nergro do Congresso Nacional, com entrada gratuita.
A mostra foi aberta pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco. Participaram da cerimônia os ex-presidentes da República José Sarney e Michel Temer; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, bem como chefes de Estado estrangeiros, ministros e embaixadores.
Quem for à exposição encontrará uma diversidade rica de acervo cedido pelo Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional e outras instituições. Réplicas da Carta de 1824 e das outras seis constituições brasileiras estarão expostas para manuseio pelos visitantes. Será possível ver também cédulas e moedas históricas cedidas pelo Museu de Valores do Banco Central, além de entrevistas com historiadores e lideranças de diferentes segmentos da sociedade, como indígenas, negros, pessoas LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, que tiveram direitos conquistados mais recentemente.
Para o coordenador do Museu do Senado Alan Silva, a exposição é uma ótima oportunidade das pessoas terem acesso a um conteúdo rico e de conhecerem mais sobre a própria história. “A exposição oferece uma reflexão sobre os processos históricos dos últimos 200 anos, um olhar sobre os desejos populares que impactaram o Parlamento e como a resposta dos senadores atingem os cidadãos. Mesmo que já tenhamos diversos direitos, ainda há muito a ser conquistado”, disse o coordenador.
O curador da Câmara dos Deputados Renato Gilioli, 46 anos, disse que a ideia da exposição, ao revisitar a história, é oferecer um olhar para a cidadania em perspectiva. “Além de somente expor os fatos históricos, o foco é analisar como era a cidadania pouco depois da independência e como ela é hoje”, destacou o curador. Gilioli explica que, para além dos momentos mais conhecidos e marcantes da história, “haverá um aprofundamento em momentos que talvez não sejam tão conhecidos pelas pessoas”.
Em fins de semana, o Congresso Nacional recebe em torno de 2 mil visitantes. Aberta a todos os públicos, o curador da Câmara conta que a expectativa é de receber uma quantidade significativa de visitas.
Programação
Segunda a sexta — Das 9h às 12h e das 13h às 18h
Sábado e domingo — Das 9h às 17h
Entrada gratuita
Para instituições de ensino que desejam levar os alunos à exposição, a curadoria recomendou o contato das Relações Públicas do Senado — (61) 3303-3388.