O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que uma das possibilidades para o Concurso Nacional Unificados para professores é ser feito através do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que é aplicado no final da graduação. A informação foi dita nesta sexta-feira (1º/11), em coletiva de encerramento da Reunião Global de Educação (GEM, em inglês), que apresentou a Declaração de Fortaleza.
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“Ainda vamos definir o formato dessa seleção, uma seleção unificada. Uma das propostas é o Enade ser a prova de seleção das licenciaturas em todo o Brasil”, explicou.
O ministro da Educação ainda acrescentou que o Enade deve sofrer algumas alterações. “Terão algumas mudanças da prova do Enade porque a gente teria uma seleção”, detalhou.
De acordo com o ministro, a política pública será opcional para os estados e municípios. A novidade vai compor um grande pacote de valorização dos professores, que deverá ser anunciado ainda este mês.
Tradicionalmente, o Enade é uma avaliação do rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos. Ele tem três ciclos avaliativos das provas, que são as áreas de biológicas, exatas e humanas.
Declaração de Fortaleza
A Declaração de Fortaleza foi finalizado nesta sexta-feira (1º/11). O nome homenageia a cidade em que ocorreu a Reunião Global de Educação (GEM, no inglês) e é resultado do encontro internacional que ocorreu quinta e sexta-feira.
O documento recomenda maneiras de transformação a educação para alcançar as metas da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento aborda a crise global na educação, com milhões de crianças e jovens fora da escola e sem acesso à educação de qualidade. Além de incluir ações para enfrentar a crise climática, promover a paz e os direitos humanos, alcançar a igualdade de gênero e investir em ciência, tecnologia e inovação.
Um ponto em destaque do texto é a recomendação para que todos países aumentem o financiamento da educação. Essa parte, segundo o ministro Camilo Santana, será levada à Cúpula do G20, que ocorre nos próximos dias 18 e 19, como uma sugestão de debate.
O Grupo de Trabalho (GT) da Educação do G20, enviará três tópicos para serem inseridos como anexo à declaração dos chefes de Estado. São eles: valorização dos professores, engajamento entre escolas e comunidade e uso da tecnologia na educação. O financiamento, no entanto, ficou de fora do documento oficial, mas deve ser trazido à pauta durante conversa dos líderes de Estado.