O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, cobrou a realização de novos concursos para a Polícia Federal (PF) e para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A fala, direcionada a Esther Dweck, titular da pasta da Gestão e Inovação, ocorreu durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (31/10).
O encontro, que também contou com a a participação de governadores, teve o objetivo de discutir a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança. O texto deste projeto visa a criação de um Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
Durante a reunião, transmitida em tempo real pela TV Brasil, Lewandowski ressaltou a diminuição de agentes do efetivo de policiais da União ao longo do tempo. "Ela já teve um efetivo de 15 mil doutora Esther. Hoje nós estamos com cerca de 13.000, menos até, considerados administrativos, e o concurso não abre", afirmou o ministro da Justiça.
Lewandowski também disse que o fato de a PF estar envolvida em trabalhos administrativos, além de trabalhos em portos e aeroportos e emissão de passaportes faz com que sejam necessários novos agentes. "Enfim, precisamos de gente", concluiu o ministro.
Quanto à PRF, o titular da pasta de Justiça e Segurança afirmou que a corporação de teve "um efetivo maior". "Então ministra (Dweck), nós queremos concursos", finalizou.
Detalhes da PEC na PF e PRF
O texto proposto pelo governo altera as competências das polícias da União. A Polícia Federal poderá atuar em ações contra crimes ambientais e organizações criminosas e milícias que tenham atuação interestadual ou mesmo internacional.
Já a Polícia Rodoviária Federal (PRF) será transformada em uma polícia de atuação ostensiva, como são as Polícias Militares nos estados, e poderá atuar também no policiamento de rodovias, ferrovias e hidrovias federais. Ela também será renomeada.
Por fim, a PEC coloca na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018, e o Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária. O governo federal defende que, apesar de já existirem, essas estruturas não são eficazes atualmente.