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Concurso

CNU: MGI divulga hoje o gabarito preliminar do concurso

Segundo os dados consolidados divulgados ontem, 54,12% dos 2,1 milhões de inscritos faltaram às provas, totalizando 970.037 comparecimentos. Resultado sairá em 21 de novembro

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulga nesta terça-feira (20) o gabarito preliminar do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). O ministério também consolidou os números relacionados às abstenções. Faltaram ao concurso 54,12% do total de 2,1 milhão de inscritos. Foram 970.037 comparecimentos.

Entre os candidatos que se inscreveram nas cotas de pessoas com deficiência (PcD), a abstenção foi menor: 39,28%. Nas ausências por estado, o Ceará foi o que teve maior número de candidatos inscritos que não compareceram, com 59,65% de faltosos. O menor percentual ficou com o Distrito Federal, com 43,39%.

O MGI também divulgou a relação detalhada de candidatos por vaga. Nos cargos de Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas no IBGE, com especialidade em Engenharia Civil, o número de candidatos inscritos para uma vaga chegou a 28.500. A ministra do MGI, Esther Dweck, salientou, no entanto, que o cálculo considerou todos os inscritos no concurso e não o número de pessoas que, efetivamente, compareceram.

Cronograma

O ministério também destacou algumas datas importantes para os concurseiros. Após a divulgação, nesta terça, dos gabaritos preliminares, os candidatos podem entrar com recursos quanto às questões formuladas e os gabaritos divulgados até amanhã (21). No dia 8 de outubro, serão divulgadas as notas finais das provas objetivas e a nota preliminar das discursivas. Durante todo o mês de outubro, serão convocados os candidatos autodeclarados negros, indígenas e candidatos com deficiência para a verificação da condição. A divulgação dos resultados finais será em 21 de novembro.

O concurso foi dividido em oito blocos distintos de área de formação. Para as vagas dos blocos 1 a 7, o candidato precisa ter formação superior, já o nível 8 só exige formação no nível médio. O membro do Grupo Técnico Operacional do CPNU, Pedro Assumpção Alves, explicou porque o Estado decidiu fazer o concurso dividido em blocos. “No CPNU, o candidato se inscreve para várias vagas dentro do mesmo bloco, isso permite que ele concorra a mais vagas e tenha mais chance de conseguir entrar na administração pública. A nota é uma referência. Por mais que você não passe no cargo da sua preferência, você segue com grandes chances de entrar no sistema público”, explica Assumpção Alves.

“Queremos promover uma nova lógica para o Estado brasileiro, que é a lógica das pessoas entrarem no serviço público com interesse legítimo, principalmente na área de interesse que ele se candidatou”, disse Assumpção Alves. ”O candidato não precisa se assustar com os números por vaga, já que o número que importa é o por bloco. A vaga que ele vai conseguir depende do quão preparado ele estava na hora da prova”, conclui.

Candidatos que se inscreveram para o bloco 1, com as áreas de conhecimento de infraestrutura, exatas e engenharia, têm a maior competição de todos os blocos, com 28.500 candidatos por vaga para Analista de Projetos. Já no bloco 2, o cargo para cientista de dados tem a maior competição, com mais de 8 mil candidatos por vaga. A vaga de biólogo, no bloco 3, tem uma competição de 9.500 pessoas por vaga. No bloco 4, o cargo para especialista em gestão pública tem mais de 18 mil candidatos por vaga. Para ser especialista em indigenismo, no bloco 5, são 16.455 para uma vaga. O bloco 6 tem os menores números de candidatos por vaga, com 1.800 pessoas por vaga para Analista de Dados. O bloco 7 também tem o número grande de candidatos por vaga, com mais de 25 mil candidatos por vaga para Analista Administrativo.

No nível intermediário, o cargo de técnico do IBGE na região Norte teve o maior número de candidatos por vaga, com 4.500. A ministra da Gestão e Inovação considerou que, mesmo com a taxa de abstenção acima de 50%, o resultado foi “bastante positivo”.

*Estagiária sob a supervisão de Edla Lula