A aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) ou, como foi popularizado, "Enem dos concursos", está cada vez mais perto. Por isso, é comum que, a menos de quatro dias da prova, os concurseiros intensifiquem os estudos, a fim de "maratonar" todo o conteúdo que será cobrado nos exames.
Contudo, professores de preparatórios de certames ouvidos pelo Correio afirmam que, no momento, a melhor estratégia de estudos é priorizar a revisão das matérias já estudadas e treinar para a prova, por meio de resolução de questões.
"O momento de agora é o de abrir cada 'gavetinha do cérebro' e relembrar a informação que está guardada lá, de modo que na hora da prova ele lembre rapidamente e consiga responder a questão sem ficar em dúvida", descreve a professora do Estratégia Concursos e auditora fiscal da Receita Federal do Brasil, Núbia Oliveira.
Para uma boa revisão, o professor do Gran Cursos Eduardo Cambuy orienta que o candidato priorize os eixos de maior relevância, além de intercalar a leitura de resumos com resolução de questões. Núbia complementa dizendo que é interessante que o candidato priorize as matérias da prova de conhecimentos específicos (prova 2) que valem mais pontos, pois além de assegurar uma quantidade relevante de pontos na prova, essas matérias também estarão na prova discursiva.
Fazer simulados é uma boa estratégia
Na visão dos professores, é muito relevante que o candidato faça simulados nesta reta final, mesmo sendo uma prova inédita. Cambuy explica que a banca tem uma forma de perguntar que pode ser aprendida por outras provas feitas pela mesma instituição.
Para ele, outros fatores da prova também podem ser aprendidos. "Simulado não pode ser só fazer questão, mas simular a situação de prova, com controle de horário, sem intervalos e no formato da aplicação. Isso ajuda a pessoa a se acalmar e diminuiu a ansiedade de véspera", explica o especialista.
Núbia também recomenda treinar não apenas para as questões objetivas, mais também para as provas discursivas. "A (prova) discursiva tem um peso grande na prova e, por mais que o candidato tenha ido bem na prova objetiva, se ele não for bem na discursiva, acaba despencando na classificação", disse a especialista.
Descanso também é essencial
Além de uma boa revisão, os especialistas também afirmam que o ritmo de estudos precisa começar a ser desacelerado e que os candidatos busquem dormir boas horas de sono. "Com um cérebro muito cansado no dia da prova, a probabilidade de o aluno errar questões que sabia é muito maior", afirma a professora Núbia Oliveira.
Eles também orientam que os concurseiros evitem nesses últimos dias de preparação festas e ocasiões que causem privação de sono. Todavia, o professor do Gran Cursos ressalta que saídas controladas, como encontrar com amigos e familiares, ajuda com a saúde mental do candidato.
"Em regra, precisa ter foco na prova. Contudo, uma saída controlada pode ser muito saudável para se reconectar com quem a gente ama, a se energizar e reduzir um pouco a pressão", ressaltou Cambuy.
Da aplicação
As provas serão aplicadas neste domingo (18/8) em mais de 228 cidades. Aproximadamente 2,1 milhões de candidatos de todo o Brasil concorrerem a uma das 6.640 vagas em 21 órgãos federais.
Conforme previsto no edital, a abertura dos portões está marcada às 7h30 no período matutino e às 13h no turno vespertino. Já o fechamento dos portões está marcado para 8h30 e para 14h, respectivamente. Os horários seguem o horário de Brasília.
Os participantes deverão permanecer no local de prova em ambos os turnos por ao menos duas horas. Caso termine antes do tempo, o candidato pode aproveitar para revisar as questões. Caso o candidato saia antes, será eliminado do concurso.
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