O governo aguarda a normalização da situação do Rio Grande do Sul para definir uma nova data para o Concurso Nacional Unificado (CNU). As provas, que aconteceriam no domingo (5/5), foram suspensas após o estado decretar calamidade pública devido aos temporais intensos que afetaram mais de 300 municípios.
De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), será preciso aguardar o restabelecimento do transporte entre as cidades e checar condições dos locais de provas, antes de remarcar o exame. O comitê de organização deve se reunir nesta semana para começar a tratar das questões operacionais envolvendo a nova data das provas. A expectativa é de que o exame seja remarcado para agosto.
Dos 2 milhões de inscritos no concurso, cerca de 80 mil candidatos são da região. As provas já haviam chegado a Porto Alegre, capital do estado, mas não foram distribuídas por causa dos estragos das enchentes. Segundo o MGI, 65% das provas já estavam nos locais de aplicação.
O governo concentra esforços agora para aproveitar as provas que já estavam prontas, para isso, os cadernos devem ser centralizados em local seguro, avaliado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A alocação dos exames ainda não foi anunciada pela pasta.
"A gente imagina que, em algumas semanas, ou até menos, consiga divulgar a nova data para todos os candidatos, assim que a gente conseguir resolver todas as questões logísticas envolvidas na realização dessa prova, como vocês já imaginam, já acompanham, é uma questão logística muito complexa, e que envolve praticamente o Brasil inteiro", disse a ministra da Gestão, Esther Dweck, em coletiva de imprensa na última sexta-feira.
Além de aguardar a normalização da situação no Rio Grande do Sul, também será preciso renegociar locais e salas onde as provas serão aplicadas em todos os 228 municípios onde haverá locais de aplicação.
Desavisados
Sem saber do adiamento, alguns candidatos chegaram a comparecer nos locais de provas na manhã de ontem. Internautas compartilharam a surpresa no X, antigo Twitter. Entre os comentários, muitos criticavam a falta de comunicação do MGI.
O governo vai publicar uma retificação no edital, com a nova data das provas e esclarecimentos como, por exemplo, como fica a situação do candidato que quiser pedir o dinheiro de volta. De acordo com o Executivo, o adiamento acarretará em um prejuízo de R$ 50 milhões.
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