O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) está adiado. A decisão foi tomada no começo da tarde desta sexta-feira (3/5), por conta do estado de calamidade pública vivenciado pelos moradores do Rio Grande do Sul. O exame seria aplicado neste domingo (5/5), em 228 municípios.
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O governo anunciou o adiamento em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. De acordo com a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação, "seria impossível realizar a prova no Rio Grande do Sul". Por isso, a decisão de adiar o concurso para todo mundo foi tomada para garantir que todos os candidatos tenham as mesmas condições.
"Pela manhã, a gente ainda achava que poderia ter forças federais que pudessem garantir a aplicação da prova. Mas a gente construiu um acordo para preservar a integridade do concurso e a gente chegou conclusão de que solução mais segura para todos os candidatos é de fato o adiamento da prova", disse a ministra.
De acordo com ela, ainda não é possível saber qual vai ser a nova data do certame. O governo aguarda a situação no Rio Grande do Sul se estabilizar para poder definir a nova data. A intenção, no entanto, é utilizar as mesmas provas que seriam aplicadas neste domingo. Para isso, a ministra disse que será feita a segurança dos documentos para que não haja vazamentos. Cerca de 60% das provas já estavam nos estados de aplicação.
"Elas (as provas) estão em local seguro, com escolta, que são esporádicas naquelas cidades. Vamos voltá-las para locais certificados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com segurança absoluta, que são utilizadas pelo Enem", disse.
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Calamidade pública
A medida ocorre em meio à devastação no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes. Até o momento, foram registradas mais de 30 mortes e, ao menos, 74 pessoas desaparecidas. Conforme dados da Defesa Civil, há quatro dias, as chuvas no estado atingiu pelo menos 235 cidades gaúchas e mais de 24 mil pessoas estão fora de casa devido aos temporais.
Dos 96.592 inscritos para a prova no Rio Grande do Sul, mais de 9 mil indicaram Santa Maria para realizar o exame, uma das principais cidades afetadas pelas fortes chuvas. Toda a região em volta do município foi atingida pelo temporal, que provocou também bloqueios de muitas estradas.
Inicialmente, a decisão do Ministério da Gestão, órgão responsável pela organização do certame, era de manter o concurso. No entanto, candidatos, moradores do estado e políticos sustentaram a necessidade de adiar o exame.
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