Dos mais de 2 milhões de candidatos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado, 420.793 candidatos solicitaram o cadastro na política reparatória de cotas raciais. Os dados foram publicados pelo Ministério da Gestão e Inovação. A pasta é responsável por coordenar o certame unificado.
Sobre os dados da participação de pessoas que solicitaram o direito a cota racial, o ministério interpreta como uma possibilidade de haver um aumento da diversidade étnico-racial nos órgãos públicos. “Queremos um serviço público que reflita a diversidade da população brasileira e por isso o CPNU respeitou as legislações vigentes em relação às cotas e acrescentou, pela primeira vez, cotas também para indígenas”, disse José Celso Cardoso, secretário do MGI.
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No Brasil, as cotas raciais no serviço público foram instituídas em 2014. A lei estabeleceu a reserva de vagas para candidatos negros nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da Administração Pública Federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.
Ainda sobre a participação de pessoas que solicitaram cotas raciais para o concurso unificado, o secretário José Celso pontou que esse certame é a seleção com o maior número de candidatos que demandaram o direito reparatório. “Ainda precisamos caminhar para garantir que negros e pardos sejam representados nos cargos públicos em números proporcionais à sua população. O CPNU e a política de cotas raciais certamente representam avanços”, garantiu.