O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) publicou, na quarta-feira (10/1), os editais com as regras e vagas disponíveis no primeiro Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). As inscrições serão abertas em 19 de janeiro e a prova ocorrerá em maio. São mais de 6 mil vagas disponíveis, mas representantes dos servidores federais dizem que o número ainda está longe do ideal.
Os editais estão divididos por oito blocos temáticos que irão compor o concurso. A proposta do MGI é organizar a prova por especialidades que não sejam totalmente típicas de uma carreira ou de um órgão específico, mas que digam respeito a todas as similaridades que todas essas áreas tenham em comum.
Ainda conforme o MGI, foram ofertadas 200 vagas para auditor fiscal federal agropecuário, sendo elas: 116 vagas para engenheiros agrônomos, 55 para médicos veterinários, 12 para químicos, 11 para farmacêuticos e seis para zootecnistas.
Sobre isso, o presidente do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Janus Pablo, reiterou que as vagas ofertadas estão longe da necessidade atual.
“Vimos trabalhando intensamente nos últimos três anos a fim de que fossem autorizadas vagas de concurso público para a carreira de Anffa e recebemos a notícia com satisfação. Apesar disso, entendemos que essa quantidade está muito longe da necessidade atual da defesa agropecuária brasileira, que é algo em torno de 1.600 servidores. Desse modo, temos realizado interlocuções junto à Secretaria de Defesa Agropecuária e ao MGI, bem como no Congresso Nacional, para que o concurso tenha o quantitativo de vagas duplicado, aumentando de 200 para 400 vagas imediatas, em razão do alto déficit de servidores registrado pelo próprio Ministério”, disse.
Janus abordou também sobre a posição do Ministério da Agricultura aderir ao CNU. “Desde que foi anunciada a instituição do CNU, nós dos Anffa Sindical, participamos de várias reuniões no Departamento de Gestão Corporativa (Deges), na Subsecretaria de Gestão de Pessoas (SGP), na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e na Secretaria Executiva do Mapa, todas com o objetivo de alertar para a importância da realização de provas específicas para a nossa carreira, haja vista a especificidade das cinco formações que contemplam a estrutura da categoria”, abordou Janus.
Por fim, em complemento à pauta de abertura de concursos públicos, o Anffa Sindical também tem trabalhado para que seja realizado um curso de formação, destinado aos novos servidores aprovados no certame. “É importante que haja essa harmonização, de forma teórica e prática para os novos colegas, uma vez que nossa carreira possui múltiplas áreas de atuação e cada uma delas possui especificidades às quais todos devem se atentar”, concluiu o presidente.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori