Candidatos de todo o país participam no próximo domingo do concurso público da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Estão em disputa 300 vagas de provimento imediato, distribuídas por três cargos de níveis médio e superior: oficial, oficial técnico e agente de inteligência. Os salários vão de R$ 6.302,23 a R$ 16.620,46, e os aprovados serão lotados em Brasília (apenas o cargo de oficial de inteligência área 1 admite trabalhar em qualquer unidade da Federação).
Como se trata de um processo seletivo em que o sigilo faz parte do perfil do órgão, o número de inscritos não foi divulgado, ou seja, os inscritos não têm noção do grau de concorrência. A menos de uma semana das provas, o que os candidatos podem fazer é revisar o que foi aprendido, diz o professor Carlos Alfama, do IMP Concursos. “Neste pouco tempo que resta, não adianta tentar aprender muita matéria nova, porque a absorção de conteúdo leva algum tempo”, explicou.
O engenheiro florestal Paulo Dorneles, de 27 anos, é um dos que se prepararam bem para a prova da Abin. “Tenho uma perspectiva profissional como motivação, até porque minha área de engenharia, a florestal, não vai ter concurso tão cedo. Então, optei por uma área mais geral”, afirmou. Sua dica de estudo é baseada em tabelas: “Minha tática é ler e entender bem o edital e as matérias. Estudo por tópicos, com base em tabelas, então, tento ser bem fiel a isso, mas precisa de muito foco”, revelou.
De acordo com o professor Carlos Alfama, quem não teve tempo de se aprofundar em alguns temas pode tentar melhorar suas chances por meio de exercícios. Segundo ele, os tópicos se repetem muito em provas de seleção. “É provável que o que será cobrado pela Abin já tenha caído em outros certames. Estudando por exercícios, o candidato vai se tornar mais eficiente na reta final”, aconselha.
No sábado, véspera dos testes, Alfama recomenda que candidatos façam uma revisão geral ou compareçam a um “aulão” de cursinhos preparatórios. “Descansar, só depois da prova. Qualquer informação nova pode valer um ponto, e isso faz muita diferença para determinar quem vai passar ou ser reprovado no concurso.”
Redação
“O principal conselho é seguir estritamente o comando da prova. Provavelmente será usado o termo ‘discorra’, que é escrever livremente sobre o tema. A prova é conceitual e a maior pontuação é voltada para o conteúdo. Assim, o aluno fica livre para escrever sem se preocupar com o tamanho do texto. O importante é abrir um parágrafo para cada ideia, para garantir coerência”, explicou Vânia Araújo.
Sobre o tema das provas, a professora observa que o edital da Abin lembra o da carreira diplomática. “Eu sempre aconselho os candidatos a ler o jornal Le Monde Diplomatique. Acredito que o Cebraspe vai escolher o tema daí. É importante ler bastante sobre conflitos mundiais, já que a banca cobra muita geopolítica e o uso da tecnologia nas atividades de inteligência” disse.
As provas objetivas para os candidatos a oficiais de inteligência e oficiais técnicos de inteligência terão duração de quatro horas e serão aplicadas a partir das 8h. No período vespertino, os mesmos concorrentes farão provas discursivas durante até cinco horas, a partir das 14h. No mesmo horário, acontecerão os exames objetivos e discursivos para quem disputa as chances de agente de inteligência, também com cinco horas de duração. A consulta para saber os locais onde os candidatos serão testados está disponível no site. (Colaborou Letícia Cotta)
Fique atento!
Especialistas dão dicas sobre o que estudar e como se portar na prova
» Leia a letra das leis das disciplinas de direito
» Atenção às súmulas do STJ e STF publicadas em 2017
» Treine conhecimentos pela prova de diplomata e do STM
» Faça esquemas para memorizar visualmente o conteúdo
» Chegue com antecedência ao local de prova
» Faça uma revisão geral na véspera das provas
» Leia atentamente o comando das questões