Crise climática

MEC orienta escolas sobre como lidar com queimadas e poluição do ar

Em meio a pior seca dos últimos 75 anos, o Ministério da Educação cria lista de recomendações para enfrentar o alto teor de poluição no ar provocado pelos incêndios que assolam o país

Iago Mac Cord
postado em 17/09/2024 17:58 / atualizado em 17/09/2024 18:01
Pasta recomenda medidas adicionais de segurança e de proteção aos alunos, como o uso de equipamentos de proteção individual (EPI)  -  (crédito: Pedro Amora/Prefeitura de Jundiaí)
Pasta recomenda medidas adicionais de segurança e de proteção aos alunos, como o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) - (crédito: Pedro Amora/Prefeitura de Jundiaí)

De janeiro até o momento, o Brasil já registrou mais de 186,6 mil focos de fogo. Segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), só nas últimas 48 horas foram contabilizados 4.124 incêndios. Em meio ao grande número de queimadas que assolam o país, o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma série de orientações às escolas sobre como lidar com o alto teor de poluição no ar.

Além dos incêndios, dados do satélite Copernicus da União Europeia mostram que quase todos os estados brasileiros que fazem fronteira com os demais países da América do Sul estão sob uma cortiça de fumaça de alto teor de dióxido de carbono (CO2). Para ter contato direto com as escolas, o MEC criou um canal exclusivo para que qualquer dúvida ou demanda das instituições de ensino seja sanada diretamente com a pasta. 

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Recomendações do MEC:

  1. Evitar atividades ao ar livre nos dias com alto grau de poluição e os horários críticos de calor;
  2. Realizar atividades em espaços internos para que o engajamento dos alunos se mantenha sem que sejam expostos a condições desfavoráveis à saúde;
  3. Reforçar a hidratação dos alunos, solicitando que levem garrafas pessoais para estarem constantemente bebendo água, que ajuda na limpeza de toxinas e proteção de vias aéreas;
  4. Manter portas e janelas fechadas nos horários mais críticos, valorizando a ventilação e umidade do ambiente;
  5. Saber identificar sintomas de exposição excessiva à poluição, como náuseas, vômitos, febre, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores de cabeça intensas, no peito ou abdômen, para que o atendimento médico seja realizado o mais breve possível.

Além disso, o ministério recomendou medidas adicionais de segurança e de proteção aos alunos. São elas: uso de equipamentos de proteção individual (EPI), criação de ambientes com melhor qualidade do ar, atenção aos alertas meteorológicos, educação sobre poluição e saúde, limpeza das instituições de ensino e, em último caso, a suspensão das aulas presenciais.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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