Em meio ao aumento de 646% nos casos de dengue no Distrito Federal, o Correio teve acesso a imagens, feitas nesta quarta-feira (24/1), de móveis empilhados nos fundos do Centro Educacional (CED) 11 de Ceilândia. São cadeiras, mesas e armários expostos ao ar livre, que podem ser possíveis focos do Aedes aegypti.
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O vídeo a seguir mostra os móveis juntos atrás de grades da escola pública. Assista:
Diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Samuel Fernandes, assegura que todas as regionais de ensino estão nessas condições e destaca que a situação é preocupante em meio ao aumento de casos de dengue na capital federal.
"No CED 11 de Ceilândia, por exemplo, a direção fez diversas solicitações para o recolhimento desses materiais que, por falta de espaço, não têm um local adequado para ficar e precisam ser recolhidos. São armários, cadeiras e mesas, que podem atrair ratos, baratas, escorpiões e servir de abrigo para o mosquito da dengue", alerta Samuel.
O sindicalista destaca que a obrigação de recolher esses materiais é do governo local. "As solicitações já foram feitas, mas infelizmente não foram atendidas", completa o presidente do Sinpro-DF.
Saiba o que diz a Secretaria de Educação
Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informa que os bens que não servem mais às escolas da rede pública do DF são recolhidos observando o cronograma por regional de ensino. A pasta explica que o recolhimento dos móveis obedece um cronograma e legislação específica. O serviço é feito de forma gradativa, uma vez que o material recolhido é catalogado e separado em lotes para que seja leiloado.
A SEEDF acrescenta que as escolas foram orientadas a armazenar os objetos com cuidado para não causar poças d'água. A pasta explica que essa prática é feita para prevenir a dengue e a proliferação de outras doenças e surgimento de animais. Além disso, as escolas recebem a orientação de cobrir com lona aqueles bens que forem necessários até que se conclua o recolhimento.
Em 2022, foram retiradas mais de 28,4 mil cadeiras, carteiras e cadeiras universitárias e 185 equipamentos de armazenagem. O relatório do inventário recolhido em 2023 está sendo finalizado.
A Secretaria de Educação diz que trabalha na formação de professores em educação patrimonial em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG), transmitindo aos estudantes a importância da preservação do patrimônio e bens públicos, evitando a depredação.
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