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Manifestação

Greve na educação: Servidores do setor administrativo param as atividades

Manifestação ocorre em frente à Câmara Legislativa do DF para exigir aumento da Gratificação de Incentivo à Carreira (GIC) para a categoria

Mais de 1,5 mil servidores do setor administrativo da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) fazem greve, na manhã desta terça-feira (19/8), para cobrar do governo local uma reestruturação da categoria e reajuste salarial. O protesto ocorre em frente à Câmara Legislativa do DF (CLDF).

O ato público se dá após o GDF cancelar a reunião com representes da categoria na tarde dessa segunda-feira (18/9). Liderado pelo Sindicato de Auxiliar de Educação do Distrito Federal (SAE-DF), o grupo pede aumento de 40% para 70% da Gratificação de Incentivo à Carreira (GIC), pois entende que há desvalorização dos 8,5 mil trabalhadores em relação aos professores.

Servidora pública da Coordenação Regional de Ensino de Samambaia, a analista em políticas públicas e gestão educacional Joelma Gadelha, 46 anos, cita outros requisitos dos trabalhadores, como a inclusão de um plano de saúde. "Estamos lutando por um salário melhor, porque o nosso é o menor da carreira de analistas do GDF", desabafa.

Pedro Marra/CB/DA Press -

Para Joelma, a greve é necessária para mostrar a relevância da Carreira de Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE) em relação aos professores, que tiveram reajuste salarial de 5% aprovado na Câmara Legislativa, em agosto deste ano. "Não que sejamos contra o aumento dos professores, mas também merecemos porque todos somos profissionais de educação e lutamos por uma educação de qualidade", avalia a servidora pública.

Segundo a analista em políticas públicas e gestão educacional Queila Gonçalves, 32, os servidores tentam negociar a reestruturação da categoria há três anos, mas sempre esbarram em reuniões canceladas por parte do GDF. "O tempo foi passando e, todas as vezes que tentávamos para nos sentar com o governador ou secretários responsáveis pelas pastas, marcavam reuniões e não apareciam", critica.

Queila lamenta que ela e os colegas trabalhavam para sobreviver porque o salário médio de R$ 2,5 mil não sustenta as despesas diárias. "A pessoa está gastando R$ 1,5 mil de gasolina, e não sobra nem um salário mínimo para sustentar uma família, com um ou dois filhos, por exemplo. É impossível", conclui a analista da Coordenação Regional de São Sebastião.

Reivindicações dos servidores

  • Reestruturação da carreira de Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE)
  • Novas tabelas salariais
  • Aumento da Gratificação de Incentivo à Carreira (GIC) de 40% para 70%
  • Tratamento isonômico com a Carreira de Magistério (professor ou cargo de docência)
  • Criação de um plano de saúde

O que diz a Secretaria de Educação do DF

Em nota, a Secretaria de Educação do DF informa que tem conhecimento da greve dos servidores da Carreira de Assistência à Educação (CAE).

"Por ser tratar do primeiro dia de greve, não é possível numerar a quantidade de servidores que irão aderir, não sendo presumíveis, também, mensurar os efeitos e os possíveis impactos nas unidades escolares, coordenações regionais de ensino e sede da Secretaria de Educação", comunica a pasta.

Pedro Marra/CB/DA Press -