Em um esforço colaborativo, docentes e alunos da Universidade de Brasília (UnB) se uniram em um projeto para restaurar o riquíssimo patrimônio imobiliário da instituição. A iniciativa da Secretaria de Patrimônio Imobiliário (SPI) é realizada em parceria com as faculdades de Tecnologia (FT), do Gama (FGA) e de Arquitetura e Urbanismo (FAU). O ponto central é unir conhecimento acadêmico, paixão pela história da instituição e habilidades práticas dos participantes.
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Ao todo, a ação conta com 18 bolsas de pesquisa distribuídas em um time de cerca de 18 integrantes (professores, estudantes da graduação e alunos da pós-graduação). Entre as áreas selecionadas estão Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Elétrica, organizadas em três equipes: eficiência energética/elétrica, hidráulica e estrutura.
Nos próximos seis meses, os grupos atuarão nos blocos A, C e F, da Colina; os blocos I e J, da SQN 109; o Bloco L, da SQN 205; o Bloco K, da SQN 206; e os edifícios Anápolis e Ok. A primeira etapa do projeto tem como prioridade dar vida nova aos prédios residenciais da instituição.
Para a secretária de Patrimônio Imobiliário da UnB, Dioney Brito, essa é uma oportunidade única de unir os diversos talentos e expertise dos alunos e profissionais da instituição para preservar um patrimônio histórico de Brasília e da instituição, que data dos anos 1960.
“Essa demanda foi identificada não só pela idade dessas edificações, como também no dia a dia. Fazemos algumas manutenções pontuais, mas chegou o momento em que é preciso ter uma intervenção maior. Esse projeto vai possibilitar que utilizemos nossos talentos em benefício da universidade”, explicou.
Leonardo Inojosa, arquiteto e professor da Faculdade de Tecnologia (FT), é um dos que está animado para iniciar os trabalhos. Para ele, um dos maiores desafios é fazer as atualizações necessárias, prezando pelo máximo possível de economia. “Precisamos modernizar a estrutura, com o intuito de economizar não só recursos financeiros e ambientais. De 40 anos para cá, não só os materiais envelhecem naturalmente, mas os usos e as normas mudam. Então, isso tudo precisa ser modernizado para que tenhamos uma manutenção mais eficiente”, ressaltou.
A docente Cláudia, engenheira civil e também professora da FT, ressaltou que essa é uma forma de os professores contribuírem e estreitarem laços com o ramos mais administrativos da instituição. “Por isso a importância deste edital. A maioria dos professores, por exemplo, moram em blocos funcionais. Além disso, é importante esse contato do professor, junto com a secretaria e fazendo todo esse planejamento de execução e manutenção. De qualquer forma, a UnB tem o conhecimento dentro de casa. O professor está retribuindo e trabalhando junto com a instituição”, disse.
O projeto também se destaca por seu componente educacional. Loana Velasco, professora do curso de Engenharia de Energia da Faculdade UnB Gama (FGA), é uma das que vê na iniciativa uma valiosa maneira de unir ambiente profissional e sala de aula. “Eles trabalharão em áreas de engenharia aplicada. Verão no dia a dia tudo que aprendem, atuando diretamente naquilo que podem fazer depois de formados. É uma capacitação junto com o projeto. Se fossemos fazer uma analogia, seria um estágio, só que o aluno estará com as equipes de várias áreas”, destacou.
A primeira reunião dos participantes do projeto ocorreu na manhã da última quarta-feira (16/8), para fazer ajustes finais antes de colocar a mão na massa. O grupo saiu empolgado do encontro e com grande expectativa para as próximas etapas. “Espero que seja uma iniciativa de grande sucesso para os alunos, professores e para a universidade como um todo, que está cuidando de seu patrimônio”, comentou a secretária Dioney Brito.