SAÚDE

Mais Médicos deve transformar SUS em "serviço de escola e saúde", diz secretário

Segundo o Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (SAPS), Nésio Fernandes, o programa passará a desenvolver uma carreira de formação para os profissionais

Tainá Andrade
postado em 01/06/2023 21:58 / atualizado em 01/06/2023 21:58
 (crédito: Walterson Rosa/MS)
(crédito: Walterson Rosa/MS)

Após bons resultados nas inscrições do primeiro edital do Programa Mais Médicos, o Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (SAPS), Nésio Fernandes, destaca que o foco do novo Mais Médicos na formação de especialistas em medicina da família e comunidade, contribuirá para transformar o Sistema Único de Saúde (SUS) em um “grande serviço de escola e saúde”.

“Nós precisamos formar 100 mil médicos de família e comunidade em um prazo de 10 anos para poder atender a demanda tanto do setor público, quanto do setor privado de consolidar a atenção primária resolutiva. Nós já temos 52 mil equipes de saúde primária no Brasil e temos somente 10.500 mil médicos titulados em exercício dessa especialidade no país”, prevê.

Segundo o especialista, isso ocorrerá porque o programa passa a desenvolver uma carreira de formação para os profissionais. Nos quatro primeiros anos, os ingressantes farão uma especialização em saúde da família e comunidade, na segunda metade há a oportunidade de um mestrado profissional. No final da contratação, a intenção é que o profissional esteja pronto para a prova de título de especialista da sociedade brasileira de medicina da família e comunidade.

“Diferente de outros países, o Brasil não exigia, até o presente momento, a expectativa de que o médico para a atenção básica fosse usado na medicina da família e comunidade. Digamos que em um ou dois ciclos do governo nós teremos uma quantidade importante das vagas ofertadas na atenção básica como as vagas ofertadas para um período de formação dos especialistas", explicou.

“A partir de que o país tenha uma grande quantidade de médicos nessa especialidade, nós teremos a oportunidade de criar carreiras e fixação de médicos especialistas em medicina da família como principal requisito para atuação primária do SUS”, concluiu.

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