O governo do Distrito Federal não fará mais proposta aos professores da rede pública após a classe recusar uma nova tentativa de acordo, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (18/5). Segundo o Executivo, todas as propostas apresentadas geram mais impacto financeiro nos cofres públicos.
No entanto, o governo detalhou que uma nova reunião, em 24 de maio, tentará a discussão das propostas que já foram apresentadas pelo Executivo. São elas:
- Aproximação do salário dos professores de nível médio ao salário dos professores de nível superior;
- Estender aos aposentados e aposentadas sem paridade a incorporação de R$ 200, conquistada em 2022;
- Convocação dos aprovados no último concurso público ainda em 2023;
- Atestado de acompanhamento para professores em regime de contrato temporário poderem acompanhar familiares com questões de saúde;
- Apresentação de Projeto de Lei para assegurar a participação remunerada dos professores em contrato temporário na semana pedagógica;
- Concessão de ampliação da carga horária àqueles que solicitaram;
- Apresentação de Projeto de Lei para validar, a fim de progressão de carreira, do tempo de exercício como temporário quando o profissional se tornar efetivo;
- Incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) e da Gratificação de Atividade de Suporte Educacional (Gase) a partir de 2024 em seis parcelas até 2026.
Representantes do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), em conversa com a reportagem do Correio na manhã desta quinta, argumentaram que foram apenas duas reuniões desde o início da greve. "Não se resolve uma greve em duas reuniões. O que vai resolver a greve é a pressão da categoria, é a mobilização", afirmou Izabela Cintra, professora aposentada e membro da comissão de negociação do sindicato.
"Tivemos avanços sim, inclusive nos contratos temporários, mas ainda dá para melhorar. Na próxima segunda-feira (22/5), vamos discutir as propostas em assembleias regionais", declarou Samuel Fernandes, diretor do Sinpro-DF.
Escolas
Em nota, o GDF informou que, das 831 escolas da rede pública de ensino do DF, 89 estão 100% paralisadas. "Ou seja, 9,33% do total de escolas da rede aderiram à paralisação. O GDF reforça que todas as aulas perdidas serão repostas em calendário divulgado após o retorno dos professores que aderiram ao movimento de paralisação. Quanto ao corte de ponto destes profissionais, esta é uma decisão judicial", esclareceu o Executivo.