Enquanto o governador Ibaneis Rocha (MDB) aumenta em 18% o salário dos servidores públicos, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) prepara uma greve a partir desta quinta-feira (4/5). Para o deputado distrital Gabriel Magno (PT), o reajuste não é suficiente para acabar com a defasagem salarial da carreira.
“O governo deve tratar algumas carreiras com um olhar mais específico. [O ajuste] não consegue atingir a lei do piso salarial de magistério, que é o salário mínimo do professor”, afirmou ao CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta terça-feira (2/5). O piso estabelece que a carreira de nível médio receba R$ 4.400. Hoje, o GDF paga R$ 3.300.
Além do reajuste, a categoria ainda pede reestruturação da carreira e melhora nas condições de trabalho. “Vimos os casos recentes de violência nas escolas, Tribunal de Contas identificou que um terço das escolas tem problemas de segurança. Mas também de estrutura, as salas estão superlotadas, não foram construídas escolas nos últimos anos”, apontou.
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Uma última reunião entre o GDF e o Sinpro deve ocorrer nesta quarta-feira (3/4) para tentar evitar a greve. Caso ocorra, 460 mil alunos devem ser impactados. De acordo com Gabriel Magno, a paralisação foi o último recurso, já que as negociações não avançavam desde março.
“Ninguém gosta de fazer greve. Tem um prejuízo enorme para as famílias, comunidade escolar e para os professores, que precisam repor as aulas. Entrar numa greve significa um grau de desgaste muito grande. Não foi apresentada nenhuma proposta“, disse à jornalista Ana Maria Campos.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel