Deplorável e inadmissível. Foi como a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, classificou o episódio, na última segunda-feira (13/3), em que um aluno "presenteou" com uma esponja de aço, em sala de aula, uma professora negra, no Dia Internacional da Mulher. Ao jornalista Roberto Fonseca, no CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quarta-feira (15/3), a titular da pasta comentou sobre o ocorrido e falou sobre ações para evitar novos casos como esse.
Hélvia reforçou que as providências começaram a ser tomadas assim que tomou conhecimento do vídeo gravado por alunos no momento do ocorrido. “A diretoria de direitos humanos, que trata de todas essas situações, foi até a escola e está lá para ter uma conversa com os professores”, disse. Segundo ela, a intervenção foi necessária, pois, além da gravidade dos fatos, o estudante em questão começou a sofrer retaliações de outros colegas, após a repercussão do vídeo.
Educação antirracismo
Paranguá também ressaltou que assuntos desta natureza são abordados desde a formação dos docentes na Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eeape). “Isso tem que ser trabalhado com todos os professores, porque são eles que lidam com o estudante diretamente. A desconstrução desse racismo e tudo que envolve preconceito tem que ser trabalhada em sala de aula”, reiterou.
Além disso, a secretária também afirmou que o acontecimento evidenciou a necessidade de tratar com mais profundidade nas salas de aula questões ligadas ao combate ao preconceito e necessidade da presença da família no dia-a-dia dos estudantes. “A família delega muito para a escola o seu papel de educar a criança. Então, nós temos dois trabalhos: um é o de dizer que têm que trabalhar essas questões com os seus filhos; o outro é de intensificar essas questões”, pontuou.
Estagiário sob supervisão de Suzano Almeida
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