Estudantes e trabalhadores chamam ato nacional contra corte no MEC para o dia 9

Manifestação na Esplanada é contra cortes no orçamento das universidades federais e ameaça de cobrança de mensalidade no ensino público

Michelle Portela

postado em 03/06/2022 16:21 / atualizado em 03/06/2022 16:23

(crédito: Ana Carneiro/Esp. CB/D.A Press)

Entidades estudantis e de trabalhadores da Educação chamam para um ato unificado na próxima quinta-feira (9/6) — dia nacional de lutas contra a cobrança de mensalidades nas universidade públicas e cortes nas federais, na Esplanada nos Ministérios, em Brasília. A concentração será no Museu Nacional da República. 

"Bolsonaro, tira a mão da Federal!" é o lema do ato mobilizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Oficial). 

A representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e diretora de Relações Institucionais da UNE, Adda Luísa Sousa, disse que o movimento estudantil reconhece a gravidade do impacto dos cortes feitos pelo Ministério da Educação às universidades e institutos federais, linear e de 14,5%. Com isso, as instituições dizem que perdem recursos de custeio e de assistência estudantil. “Estamos em total acordo com o posicionamento das universidades. Não aceitamos e não vamos administrar esses cortes”, disse.

UnB

De acordo com Adda, há uma assembleia de estudantes marcada para a próxima terça-feira (7), preparatória para o ato de quinta-feira (9). Além disso, a recepção dos novos estudantes, no retorno das aulas presenciais da Universidade de Brasília (UNB) previstas para próxima segunda-feira (6), será marcada por pautas relevantes para a comunidade acadêmica.

“Estamos pensando em fazer a Calourada com o mote ‘A Universidade é Nossa’. Queremos fazer várias mesas que falem dos cortes orçamentários, que falem da extensão, da pesquisa, e acho que vai ser um momento político importante para a Universidade”, explica Adda Luisa.