O decreto de não obrigatoriedade do uso de máscaras no Distrito Federal, assinado nesta quinta-feira (10/3) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), dividiu a opinião dos profissionais das escolas públicas da capital do país. Em resposta ao Correio, a Secretaria de Educação confirmou que o item “deixa de ser obrigatório nas escolas da rede pública", de acordo com o Decreto nº 43.072”.
Diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa declara que a categoria tem preocupações em relação à decisão do governo. “Ainda temos pessoas sendo infectadas e, na realidade, neste ano, estamos vivendo uma situação de superlotação nas salas de aula, o que impede o cumprimento do distanciamento. Outra coisa é que não temos todos os estudantes vacinados. Isso acaba sendo um risco. Por isso, nossa orientação é que o uso de máscaras continue”, salienta.
Rosilene destaca que reconhece o desconforto das máscaras. “Sabemos do calor, da dificuldade, mas neste momento, a máscara ainda é uma proteção a mais contra o vírus. Primeiro, temos a vacina, depois a máscara e depois o distanciamento. Ainda é um momento de ter certa cautela, pois o vírus ainda é um risco para as pessoas”, pontua.
Evite aglomerações
Durante o comunicado sobre a liberação do uso de máscaras, o governador Ibaneis Rocha destacou que “vai existir um debate na imprensa e na sociedade também”. “As pessoas têm de se prevenir. Quem quiser continuar usando máscara, que continue, sem problema nenhum”, afirma.
"Esperamos que a população tenha cuidados, evitando aglomerações. Ainda existe a covid-19. O Ministério da Saúde estuda diminuir de pandemia para endemia, como outros países. Temos de aproveitar o momento com responsabilidade. Chegou a hora de tentar voltar a ter uma vida normal", completa o chefe do Palácio do Buriti.